1960
A primeira edição do Salão do Automóvel, realizada no Pavilhão de Exposições do Ibirapuera, reuniu as 12 marcas que atuavam no mercado fabricando automóveis, utilitários e caminhões: DKW-Vemag, FNM, Ford, General Motors, International Harvester, Mercedes-Benz, Romi-Isetta, Scania Vabis, Simca, Volkswagen, Toyota e Willys Overland. Na foto, os modelos do Fusca e da Kombi, então ainda novidades na produção local.
Fotos: acervo Alcântara Machado, salvo quando indicado
No mesmo ano, sobre a caçamba de uma picape Jeep da Willys, Caio de Alcântara Machado (1926-2003), publicitário que criou várias feiras de negócios no País, entre elas o Salão. Caio acreditou no potencial da indústria nacional, quando ela tinha apenas quatro anos de atuação, para fazer um evento nos moldes dos salões internacionais.
1961
A indústria brasileira teve, em seu início, uma ousadia que falta nos dias de hoje. No 2º. Salão, um ano depois, a Willys Overland apresentava o carro esporte Interlagos, derivado do Alpine francês, com carroceria de plástico e fibra de vidro e versões cupê, berlineta e conversível.
Também fabricado pela Willys era o Renault Dauphine, um pequeno sedã quatro-portas com motor traseiro que competia com o Volkswagen. Na foto, promoção sobre o sorteio diário do modelo durante o mesmo 2º. Salão.
“Bom senso em automóvel”: o Volkswagen Sedã (o nome Fusca seria oficializado apenas em 1983) ainda era equipado com motor de 1,2 litro, mas já desfrutava grande aceitação entre os brasileiros, amparada no bom valor de revenda e na mecânica robusta e de simples manutenção.
1962
O esportivo Karmann-Ghia da Volkswagen, o elegante sedã Fissore da DKW-Vemag e a perua Jangada da Simca eram apresentados no 3º. Salão. Na foto, o jipe da Toyota, que naquele ano mudava de nome de Land Cruiser para Bandeirante, com o qual seria fabricado por quase 40 anos.
Picapes, a perua Amazona (em primeiro plano) que antecedeu a Veraneio e caminhões eram os produtos da General Motors na época. O primeiro carro de passeio, o Opala, seria lançado apenas seis anos mais tarde.
1964
No mesmo estande que mostrava Dauphine e Interlagos, a Willys fazia uma revelação no 4º. Salão: o projeto de carro esporte Capeta (à direita), com o motor de seis cilindros e 2,6 litros do sedã Aero-Willys e maior porte que o do Interlagos.
A autoria do desenho do Capeta era de Rigoberto Soler, que também mostrava ao público seu esportivo Brasinca 4200 GT (acima), com motor de seis cilindros e 4,3 litros da picape Chevrolet. O fabricante anunciava que, pouco antes do evento, o modelo havia alcançado a velocidade de 200 km/h.
Elegância de linhas e facilidade de manutenção, e não desempenho, eram os atributos de destaque de outro esportivo do evento, o Karmann-Ghia da Volkswagen, que envolvia a mecânica do Fusca em uma bela carroceria de desenho italiano.
1966
Versão mais luxuosa do Aero-Willys e primeiro carro nacional com ar-condicionado (apenas para os passageiros do banco traseiro), o Itamaraty aparecia no 5º. Salão ainda mais imponente: o Executivo, na foto, trazia maior distância entre eixos e numerosos itens de conforto. Ao lado do 4200 GT da Brasinca, esse é considerado um dos únicos carros clássicos da indústria nacional.
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