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Criminoso só no nome

Sucessor do Rebel, o Matador contou com interessantes
versões e foi o último carro de grande porte da AMC

Texto: Francis Castaings - Fotos: divulgação

Além do sedã quatro-portas e da ampla perua, a linha apresentada em 1970 trazia um cupê com perfil fastback (nas duas fotos inferiores)

Com opção de terceiro banco, a perua oferecia os mesmos motores do sedã e podia ter acabamento com simulação de madeira nas laterais

De um rebelde para um matador: este foi um recurso de nomes que a American Motors Corporation, a lutadora AMC, usou para batizar seus carros entre as décadas de 1960 e de 1970. Nos anos 50, a linha Rebel fez parte dos modelos Rambler. O nome tornou a ser usado na metade dos anos 60.

A AMC nasceu Rambler, em 1917 foi incorporada pela Nash e na década de 1950 se uniu a Hudson, Studebaker e Packard, formando a American Motors Corporation. No fim de 1970 nascia a linha Matador, que logo seria o topo de linha da empresa, pois o grande Ambassador estava se aposentando. O novo modelo era disponível em três carrocerias: sedã com três volumes e quatro portas, cupê (que tinha um leve perfil fastback) e uma perua derivada do sedã, muito espaçosa.

O sedã tinha comprimento de 5,23 metros, largura de 1,96 m, altura de 1,36 m e distância entre eixos de 2,99 m. Pesava 1.675 kg. Essas medidas o qualificavam como um sedã intermediário, os chamados mid-size nos Estados Unidos, embora para nosso padrão fosse um carro grande. Vinha lutar por um lugar no asfalto com o Chevrolet Impala da General Motors, com a linha Dodge Coronet/Plymouth Satellite da Chrysler e com Galaxie, Torino e Mercury Montego da Ford.

A frente tinha quatro faróis circulares e grade proeminente dividida em dois grandes retângulos, que eram incorporados ao pára-choque dianteiro. Em todo o conjunto sobravam cromados. Atrás tinha três lanternas retangulares bem visíveis de cada lado e, contornando a carroceria, mais frisos cromados. Era um sedã bonito, dentro do padrão americano, sem trazer nenhuma surpresa no estilo. A perua exibia ótima área envidraçada e era bonita e imponente. A quinta porta podia ter abertura da metade inferior tanto para baixo quanto para o lado. Havia um defletor no fim do teto para ajudar na aerodinâmica e, em termos de decoração, podia ter parte da lateral com adesivos imitando madeira. Um opcional muito apreciado era o terceiro banco.

Qualquer que fosse a carroceria, eram carros muito confortáveis e com acabamento correto. Mesmo com alavanca de marchas na coluna, os bancos dianteiros eram individuais, mas bem próximos. Tinham apoio para a cabeça, encosto reclinável e enorme quantidade de cores de tecidos para o cliente escolher. O painel tinha três mostradores quadrados com fundo imitando madeira e desenho agradável e moderno. Podia também ser equipado com rádio AM/FM, ar-condicionado e vidros verdes. O volante de dois raios era leve, pela assistência hidráulica de série, e a posição de dirigir era muito boa.

Tradicional, a linha Matador tinha motor longitudinal e tração traseira. O propulsor mais modesto era de seis cilindros em linha e 3.802 cm³, com bloco e cabeçote em ferro fundido, comando de válvulas no bloco, potência de 135 cv e torque de 25,6 m.kgf. Modesto para suas dimensões e peso, permitia velocidade máxima de 160 km/h. Pouco mais potente era o de 4.228 cm³ e 150 cv, também alimentado por um carburador de corpo simples. Para estes seis-cilindros havia opção de câmbio manual de três marchas, na coluna, ou automático.

Os mais interessantes e muito apreciados na América eram os motores com oito cilindros em “V”. O mais tranqüilo tinha 4.981 cm³, um carburador de corpo duplo da marca Carter, 210 cv e 33,8 m.kgf. O intermediário era o motor 360, com 5.899 cm³, 245 cv e 43,5 m.kgf. Usava um carburador de corpo duplo, mas com a mesma cilindrada havia a versão com carburador de corpo quádruplo e 285 cv, cuja velocidade final era de ótimos 195 km/h. Continua

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Data de publicação: 25/11/08

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