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Em plena efervescência

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Diante de um segmento concorrido, a Honda reformula o
Civic, que na oitava geração se torna ainda mais interessante

Texto: Bob Sharp - Fotos: divulgação
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Faróis afilados, pára-brisa bem inclinado e outros elementos atuais dão ar dos mais modernos ao Civic, que se afasta do desenho tradicional do anterior; as rodas passam a 16 pol com pneus 205/55

O segmento de sedãs médios anda em efervescência no Brasil. Começou pelo novo Vectra em outubro, seguiu com o Mégane em março, continuou há dias com o Ford Fusion (que, embora maior, concorre com os demais em preço) e chega agora ao Civic de terceira geração no Brasil, oitava no mundo. Que não será o último a se reformular: no segundo semestre haverá o Volkswagen Jetta, evolução do Bora.

Depois de seis anos, em meio aos quais houve uma reestilização frontal em 2003, o Civic ganha linhas atualizadas e de grande impacto. Ficou decisivamente avançado, bem diferente do já tradicional modelo anterior. Está 34 milímetros mais comprido, 37 mm mais largo e, revertendo a tendência mundial, 50 mm mais baixo. O entreeixos agora é de 2,7 metros, 80 mm a mais que antes. O pára-brisa fortemente inclinado, a 28° (que avança mais sobre o capô, sem invadir muito a cabine), logo salta à vista, bem como a pequena janela fixa lateral antes da porta dianteira, solução típica de monovolume (que atrapalha um pouco a visão). Novo também o motor 1,8-litro de 140 cv a 6.300 rpm — um avanço sobre o 1,7-litro anterior de 130 cv a 6.100 rpm.

O novo Civic — que a fábrica, sem motivo aparente, resolveu chamar de "New Civic" no Brasil — foi lançado mundialmente em setembro de 2005 e aqui segue o desenho do modelo americano, algo diferente do japonês. Chega no momento em que a Honda comemora 35 anos de atividade no país, onde começou produzindo motocicletas. A matriz japonesa, como outros fabricantes (Ferrari e Porsche, por exemplo), foi fundada pouco depois da Segunda Guerra Mundial, em 1948, e em 1972 começou a produzir o Civic.

O interior do novo carro é bastante moderno, em que o maior destaque é o painel de instrumentos em dois níveis: velocímetro digital ladeado por medidor do nível de combustível e termômetro do líquido de arrefecimento em cima, um grande conta-giros embaixo e bem no centro, como nos carros esporte da Porsche e no Nissan 350Z. Ao lado do conta-giros, a indicação da seleção de marchas da caixa automática, também nova e de cinco marchas (quatro antes), que traz a primazia de troca por alavancas atrás do volante num sedã fabricado no Brasil. Motor e câmbio são importados do Japão, embora o primeiro seja montado na fábrica de Sumaré, SP, onde o Civic é produzido desde a primeira geração brasileira, de 1997.

São duas versões de acabamento, LXS e EXS (no anterior três, LX, LXL e EX). A LXS com câmbio manual custa R$ 59.600, e com o automático (sem troca seqüencial nem na alavanca), R$ 64.200. Com bancos revestidos em couro, sai por R$ 61.000 manual e R$ 65.700 automático. Já a mais completa EXS, que vem de série com caixa automática e operação seqüencial com alavancas-pá para troca, sai a R$ 77.600. Ambas continuam a gasolina, sem previsão para motor flexível. Continua

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Data de publicação: 29/4/06

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