Utilitário hiperativo

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Com mais jeito de hatch que de fora-de-estrada, o BMW X1 vem tornar
mais acessível a linha "X" da BMW e mostra competência no asfalto

Texto: Fabrício Samahá e Geraldo Tite Simões - Fotos: divulgação

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Vincos e linhas fortes, detalhes criativos e elementos de estilo típicos da marca combinam-se no X1, cujo preço parte de R$ 175 mil na versão

A importância do segmento de utilitários esporte para qualquer grande fabricante tem ficado clara em exemplos como o da BMW. Apenas 11 anos depois de estrear nessa categoria com a primeira geração do X5, a marca de Munique já conta com quatro modelos — X1, X3, X5 e X6 —, além do novo Countryman por meio da marca Mini. Dos que levam seu próprio logotipo, só o X1 ainda não estava disponível no Brasil, aonde acaba de chegar.

E chega em ótimo momento para o grupo alemão, que teve crescimento de vendas de 83% no Brasil no ano passado, apesar de todo cenário de crise — incluindo-se o Mini, que vendeu mais de 1.000 unidades em oito meses. A participação da BMW no mercado interno de luxo aumentou 14% durante 2009. Das seis opções de motores oferecidas na Europa, o X1 vem ao Brasil apenas com uma: a X-Drive 28i, a mais potente movida a gasolina, com seis cilindros em linha, 3,0 litros e potência de 258 cv, ao preço sugerido de R$ 175 mil. Os equipamentos de série e opcionais não foram divulgados, mas o valor passa a R$ 199 mil com todas as opções, que incluem um pacote esportivo.

As demais versões lá fora são 18i (quatro cilindros, 2,0 litros, 150 cv) e 23i (mesmo motor do 28i, mas com 218 cv) a gasolina, 18d (quatro cilindros, 2,0 litros, 143 cv), 20d (mesmo motor, mas com 177 cv) e 23d (idem, com 204 cv), sendo os três últimos a diesel com turbo. As menos potentes oferecem escolha entre tração traseira (S-Drive) e integral (X-Drive). Por aqui, a concorrência mais direta será com o Volvo XC60 Top, que tem motor turbo de seis cilindros, 3,0 litros e 286 cv e custa R$ 165.900; e o Land Rover Freelander 2 Premium HSE, de seis cilindros, 3,2 litros e 233 cv, a R$ 166.900. O Audi Q5 com motor turbo de 2,0 litros e 214 cv (R$ 205.840) e o Mercedes-Benz GLK 280, com um V6 de 3,0 litros e 225 cv (R$ 225.000), são bem mais caros. Em maio a BMW trará uma das opções de 2,0 litros com tração apenas traseira, a preço estimado na faixa de R$ 125 mil.

Quando se compara o X1 com seus irmãos maiores, pode-se concluir que o caçula veio para ser agitado. Menor, mais estreito, mais leve e igualmente versátil, a proposta é criar identificação com o público jovem (e endinheirado) que precisa enfrentar trechos fora-de-estrada leves ou apenas gosta do estilo robusto desses veículos, sem abrir mão do conforto e da esportividade inerentes a um BMW. Não é à toa que a marca usa a sigla SAV (Sport Activity Vehicle, veículo de atividade esportiva) em vez da habitual SUV (Sport Utility Vehicle). O desenho do modelo segue o padrão recente da marca, caracterizado por linhas fortes e muitos vincos, chegando a parecer o hatch Série 1 depois de uma dose de anabolizantes. Detalhes como faróis, lanternas traseiras e as saliências nos para-lamas mostram criatividade. O coeficiente aerodinâmico (Cx) é bom para o tipo de veículo, 0,33.

Com 4,45 metros de comprimento, 1,80 m de largura e 2,76 m de distância entre eixos, ele não chega a ser compacto: está pouco abaixo do X3 (4,56/1,85/2,79 m), embora bem distante do X5 (4,85/1,93/2,93 m). O ambiente interno é típico BMW, com posição de dirigir muito bem estudada, acabamento espartano mas de alta qualidade e comandos em posição perfeita. Painel e volante têm desenho moderno, mas sem abandonar a funcionalidade como palavra de ordem. A posição e a forma dos instrumentos, por exemplo, são os mesmos há muitos anos na marca e deixam claro que não é preciso mexer no que funciona bem. Há um amplo monitor na parte central do painel, que serve para diversas informações e (a partir de maio) também ao sistema de navegação, e comandos de trocas manuais da caixa automática atrás do volante de três raios. Como habitual na marca, a partida do motor é feita por botão e a chave eletrônica não tem serrilha.

O banco traseiro acomoda três pessoas, mas privilegia duas por causa do alto túnel central da transmissão no assoalho, e o compartimento de bagagem de 420 litros pode chegar a 1.350 com esse banco rebatido por inteiro. Também se pode fazer o rebatimento de qualquer das três partes (40/20/40) ou apenas da parte central do encosto para transportar objetos compridos. Vários porta-objetos estão espalhados pelo interior, bem iluminado pelo teto solar panorâmico opcional. Continua

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Data de publicação: 1/3/10

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