Há mais semelhanças entre os médios da Nissan e da Toyota que o câmbio de variação contínua, mas qual deles é a melhor escolha?
Texto e fotos: Fabrício Samahá
Em um dos segmentos do mercado nacional que mais se movimentaram de um ano para cá — o dos sedãs médios —, dois competidores apresentam-se em novas gerações com elementos em comum. Embora muitos vejam no Honda Civic o eterno arquirrival do Toyota Corolla, o fato é que eles almejam públicos diferentes, um mais jovem e interessado em esportividade, outro mais tradicional e focado em conforto. Por isso, quando chegou o novo Corolla para avaliação, fomos buscar outro oponente que se identificasse mais com sua proposta. E chegamos ao Nissan Sentra.
Além de identificados entre si na forma como interpretam o conceito de sedã médio, eles são adversários diretos nos “quatro Ps” que norteiam nossas comparações. Seguem a mesma proposta de uso de sedãs quatro-portas com espaço, conforto e desempenho apropriados tanto para o dia a dia quanto para viagens em família. Em porte há um empate como raramente se vê: ambos medem 4,62 metros de comprimento e 2,70 m de distância entre eixos.
Nissan Sentra SL |
Toyota Corolla XEi |
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4,62 m | 4,62 m | ||||||||
140 cv | 143/154 cv | ||||||||
R$ 75.490 | R$ 81.480 | ||||||||
Preços públicos sugeridos, em reais, para os carros avaliados, com possíveis opcionais |
A versão mais vendida do Corolla, a XEi, tem motor de 2,0 litros e quatro válvulas por cilindro e agora usa câmbio automático de variação contínua (CVT). O mesmo vale para o Sentra, que recebemos na versão de topo SL, aquela que mais se aproxima do concorrente em preço. O primeiro custa R$ 81.480, e o segundo, R$ 75.490, ambos em pacotes fechados que não oferecem opcionais. A potência dos motores é bem próxima com gasolina (143 cv no Corolla, 140 cv no Sentra), mas o Toyota ganha 11 cv e chega a 154 ao usar álcool, enquanto o Nissan mantém o valor declarado qualquer que seja o combustível.
São R$ 6 mil ou 8% a mais para comprar o Corolla, diferença que não pode ser desconsiderada. E vale pagar mais por ele? É o que fomos buscar saber.
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