Três hatches “quentes” somam 500 cv e prometem emoção a preços variados: qual a melhor escolha?
Texto e fotos: Fabrício Samahá
Os bons tempos estão de volta para os que apreciam pequenos hatches esportivos, categoria que teve importantes representantes nacionais nas décadas de 1980 e 1990, como Chevrolet Corsa GSi, Fiat Uno Turbo i.e., Ford Escort XR3 e os Volkswagens Gol GT, GTS e GTI. Se a Fiat acaba de descontinuar o Punto TJet, por outro lado há o recente Renault Sport Sandero R.S. 2.0 e uma nova alternativa brasileira: o Peugeot 208 GT, que se opõe a importados como o DS3 do mesmo grupo PSA e o Fiat 500 Abarth.
Ao contrário do Sandero, que se posicionou em faixa de preço mais abaixo para oferecer ótima relação custo-desempenho, o 208 chega em patamar superior de valores, mais próximo aos desses concorrentes que vêm de fora, embora eles ofereçam opcionais que elevam ainda mais seus preços. Há mais em comum entre esses três — DS3, 500 Abarth e 208 GT — para justificar um comparativo completo do Best Cars.
Citroën DS3 | Fiat 500 Abarth | Peugeot 208 GT | ||
3,95 m | 3,67 m | 3,98 m | ||
165 cv | 167 cv | 166/173 cv | ||
R$ 95.770 | R$ 100.943 | R$ 81.380 | ||
Preços públicos sugeridos, em reais, para os carros avaliados, com possíveis opcionais |
Dos quatro “Ps” que definem nossos confrontos, a potência talvez apresente o maior equilíbrio: são 165 cv no DS3, 167 no Fiat e 165 com gasolina ou 173 com álcool no Peugeot (o único flexível em combustível) em motores turboalimentados de 1,4 litro no Abarth e 1,6 litro nos demais. Somados, ultrapassam 500 cv. Eles se equivalem também em proposta de uso: são hatches com foco no desempenho e nas emoções ao volante, sem tanta preocupação com espaço ou conforto.
O porte é muito semelhante no 208 e no DS3, sendo o primeiro 3 centímetros maior em comprimento e 8 cm em distância entre eixos. O 500 fica claramente em segmento inferior, com 28 e 16 cm a menos que o DS3, na mesma ordem. Quanto ao preço, o valor sem opcionais está próximo entre o Peugeot (R$ 79,8 mil) e o DS3 (R$ 82,5 mil), mas o segundo oferece caros opcionais que o levam até R$ 95,8 mil. O Fiat começa em bem mais altos R$ 94 mil e chegava a quase R$ 101 mil com as opções, como avaliado. O curioso é que o 500, mexicano de Toluca, está isento do Imposto de Importação de 35% recolhido pelo DS3, francês de Poissy (o 208 sai de Porto Real, RJ).
Vale pagar tanto a mais pelos importados ou o novo esportivo nacional oferece atributos equivalentes por menos dinheiro? Aceitamos a difícil missão e fomos buscar a resposta, que você confere nas próximas páginas.
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