Auto Livraria Best Cars
  • Catálogos
    • Alfa Romeo e FNM
    • BMW
    • Chevrolet / GM
    • DKW-Vemag
    • Chrysler, Dodge e Jeep
    • Ferrari
    • Fiat
    • Ford
    • Mercedes-Benz
    • Mitsubishi
    • Porsche
    • Scania
    • Simca
    • Toyota
    • Volkswagen
    • Volvo
    • Outras marcas
  • Livros
  • Manuais
  • Quadros
    • Alfa Romeo e FNM
    • Audi
    • BMW
    • Chevrolet
    • Chrysler, Dodge e Jeep
    • DKW-Vemag
    • Ferrari
    • Fiat
    • Ford
    • Honda (automóveis)
    • Honda (motos)
    • Land Rover
    • Mercedes-Benz
    • Mitsubishi
    • Porsche
    • Scania
    • Simca
    • Toyota
    • Volkswagen
    • Volvo
    • Willys-Overland
    • Yamaha
    • Outras marcas
    • Outras motos
    • Outros caminhões
  • Revistas
    • Auto Esporte
    • Motor 3
    • Oficina Mecânica
    • Quatro Rodas
    • Outras revistas nacionais
    • Revistas importadas
  • Avaliações
    • Avaliações
    • Comparativos
    • Guias de Compra
    • Os melhores nos testes
  • Passado
  • Arquivo
    • Colunas
    • Consultório Técnico
    • Curiosidades
    • Notícias
    • Supercarros
    • Técnica
    • Teste do Leitor – carros
    • Teste do Leitor – motos
  • Escreva-nos
No Result
View All Result
Auto Livraria Best Cars
No Result
View All Result
Home Informe-se Colunas Carro, Micro & Macro

O carro elétrico, o burro e a espiga de milho

04/09/2018
in Carro, Micro & Macro

Carro Micro e Macro

Manter a bateria como componente nativo do carro lembra o animal perseguindo um alimento preso a seu corpo

 

Creio que muitos já ouviram falar no artifício de pendurar uma espiga de milho ou uma cenoura na ponta de uma vara atada à cabeçada dos burros para que eles, tentando alcançar o alimento, caminhem sem parar (isso é lenda porque já fizemos essa tentativa e o burro simplesmente caminhou até uma árvore, quebrou a vara no seu tronco e comeu a espiga). A insistência em manter a bateria como componente nativo do carro elétrico lembra muito o burro perseguindo uma espiga que está presa a seu corpo.

Lemos no Best Cars que a Tesla pretende atingir o custo de € 100 por kWh de capacidade da bateria em 2020 e que, dois anos depois, o valor deve cair para € 70 para seu novo modelo mais acessível, contra os € 200 do principal concorrente. Isso motivou-me a escrever esta matéria. Significa que, ao longo do tempo, o valor inicial do carro vai ficar menor, o que parece uma ótima notícia. Será que é mesmo?

 

Ao vender o carro, dois anos depois, o comprador terá perda de 46,5%: o avanço tecnológico terá criado um ônus adicional a quem paga pelo veículo

 

VW ID Crozz II:  fazer das baterias um componente permanente parece negar a tendência mundial do consumo
VW ID Crozz II: fazer das baterias um componente permanente parece negar a tendência mundial do consumo

Suponhamos que, sem as baterias, o carro custe a preço líquido (sem impostos) US$ 10.000. Suponhamos agora que a taxa de câmbio seja de US$ 1,20/€ e, daqui para frente, vamos conversar somente em dólares por ser uma moeda mais pertinente a nosso dia a dia. Por fim, suponhamos que a bateria seja de 100 kWh ao preço de US$ 12.000. Teremos que o carro custará US$ 22.000 ao fabricante que, com uma margem de 10%, resulta em preço líquido de venda de US$ 24.444 — sem impostos, lembre-se.

Imaginemos que, dois anos depois, a bateria tenha tido seu custo reduzido em 30%, passando a custar US$ 8.400. O carro passará a custar US$ 18.400. Num mundo ideal, em que os ganhos são repassados ao preço, mantendo a margem de 10% de baixo para cima (10% sobre o preço de venda), o preço do carro novo cairá para US$ 20.444. À primeira vista, a queda de preço aumentará a demanda, só que carros são comprados também tendo em mente sua desvalorização, tamanho é o investimento que representam.

Sabemos que o preço de um carro usado sofre influência de um sem número de variáveis, mas, por questões de facilidade de raciocínio, vamos admitir um valor fixo de 20% ao ano de uso, partindo do valor do mesmo carro zero-quilômetro à vista. No primeiro ano ele valerá 80% de um carro novo; no segundo, 64%; no terceiro, 51,2% e assim por diante.

Um comprador que tenha adquirido seu carro elétrico com baterias de US$ 120/kWh terá pago US$ 24.444. Se for vender dois anos depois, quando as baterias custarem US$ 84/kWh, conseguirá 64% sobre US$ 20.444, representando US$ 13.084. Isso significa apenas 53,5% do preço do carro novo, ou seja, uma perda de 46,5% em dois anos. O avanço tecnológico terá criado um ônus adicional ao comprador, que estou certo de que não ficará nada contente.

 

 

Servicificação

Isso acontece o tempo todo, é verdade, mas com bens muito menos expressivos em valor que um automóvel. Quando se fala em um telefone celular, por mais que passemos raiva, é suportável — e mesmo assim a compra de equipamentos vem crescendo de forma declinante ao longo do tempo. Observe que para uma pessoa física o desembolso não é custo, porque não cria valor palpável: é despesa porque cria somente bem-estar. Aos poucos, as pessoas estão se dando conta de que não é preciso possuir para obter bem-estar, podendo substituir a posse pela prestação de serviço, no que se convencionou chamar de “servicificação do consumo”.

O modelo não é novo, tendo sido praticado pela IBM, entre outros fabricantes de computadores, e pela Xerox, que detinha 99% do mercado de fotocópias e mantinha um concorrente subsidiado para não infringir as leis antitruste norte-americanas. Computadores eram caríssimos. A IBM os alugava e só eram viáveis para empresas de grande porte ou para as que prestassem serviços a empresas menores. A Xerox, além de alugar a máquina, vendia o tôner. Quando ela notou que o equipamento era tão caro a ponto de atrair a concorrência, passou a vender as máquinas quase sem margem para garantir o lucro pela distribuição do tôner. Foi um fracasso porque transferiu os custos de manutenção para o usuário.

 

O automóvel elétrico precisará ser alvo eterno de subsídio — ou seja, repassar esse ônus para o restante da sociedade, incluindo quem nunca teve ou terá um

 

Na medida em que o equipamento se barateia, o consumo passa do serviço à posse. As pessoas passaram a ter computadores pessoais e qualquer impressora hoje tornou-se multifuncional. Ocorre que o mercado saturou-se e as pessoas têm, via internet, o mundo na ponta dos dedos. Assim, o mercado está voltando à prestação de serviços.

A insistência em fazer das baterias um componente permanente dos carros elétricos parece ser a negação da tendência mundial do consumo. É exatamente o burro preso à espiga de milho porque, quanto mais o valor das baterias cair, sendo componentes do carro, maior será o prejuízo do consumidor por hora da revenda. O automóvel elétrico precisará ser alvo eterno de subsídio — ou seja, repassar esse ônus para o restante da sociedade, incluindo quem nunca teve ou nunca terá um carro desses. Subsídios não se sustentam por muito tempo, a não ser que, como ocorre com os usineiros no Brasil, o poder político dos beneficiários seja incomparavelmente alto, o que parece não ocorrer com o consumidor final de carros elétricos.

É justamente por isso que, sem medo de parecer repetitivo (leia coluna a respeito), defendo que as baterias sejam propriedade das distribuidoras de energia. Elas que arquem com a pesquisa para seu barateamento e o descarte correto, quando não com sua reciclagem, recuperando tudo isso pela remuneração do kWh vendido. É assim que as petroleiras remuneram crescentes investimentos em pesquisas em novos poços, que podem ultrapassar os 6 km de profundidade.

Não resta dúvida de que a padronização das dimensões das baterias e seu fornecimento em módulos, consoante o consumo esperado para o veículo, trazem limitações de projeto. Contudo, ou o fabricante de automóveis, os produtores de baterias e os distribuidores de energia entram em um acordo visando maximizar a geração de bem-estar ao consumidor final, ou partem para “servicificação” do consumo em grande escala, aproveitando que o “sob demanda” está em alta.

Coluna anterior

A coluna expressa as opiniões do colunista e não as do Best Cars

 

Tags: Carro Micro e MacrocolunaselétricoTesla

Related Posts

O Nobel de Economia e a indústria de automóveis
Carro, Micro & Macro

Brasil sem fabricantes de automóveis, doce ilusão

28/05/2021
Fora de estrada

Volvo traz XC40 elétrico de 408 cv ao Brasil por R$ 390 mil

18/05/2021
Volvo passa a vender só carros elétricos e híbridos no Brasil
Notícias

Volvo passa a vender só carros elétricos e híbridos no Brasil

18/05/2021
O Nobel de Economia e a indústria de automóveis
Carro, Micro & Macro

Indústria de automóveis e aporte de capital, uma luz no fim do túnel

14/05/2021
O Nobel de Economia e a indústria de automóveis
Carro, Micro & Macro

Álcool: da fazenda aos postos, a saga continua

30/04/2021

Novidades da Auto Livraria

0Km: revistas com Fiat, Alfa Romeo e Ferrari dos anos 90
Auto Livraria - Alfa Romeo e FNM

0Km: revistas com Fiat, Alfa Romeo e Ferrari dos anos 90

Fiat Coupé, Alfa Romeo 145, Ferrari F50 e mais na revista dedicada ao grupo - a partir de R$ 19

30/05/2025
Parati “quadrada”: revistas com a perua de apelo jovial da VW
Auto Livraria - Volkswagen

Parati “quadrada”: revistas com a perua de apelo jovial da VW

Quatro Rodas com versões LS, GLS, Surf e outras em testes, comparativos e histórias - a partir de R$ 19

27/05/2025

Quadros decorativos

XTZ, Ténéré, XT 660, Super Ténéré: as Yamahas de trilha em quadros
Auto Livraria - motos

XTZ, Ténéré, XT 660, Super Ténéré: as Yamahas de trilha em quadros

Quadros decorativos com a linha de uso misto com opções de 125 a 1.200 cm³ - a partir de R$...

26/05/2025
Toyota Bandeirante: quadros com propagandas e matérias do 4×4
Auto Livraria - Toyota

Toyota Bandeirante: quadros com propagandas e matérias do 4×4

Quadros com publicidades e matérias de revistas das décadas de 1960 a 1990 - a partir de R$ 59

22/05/2025

Destaques em revistas

Quatro Rodas 1990 a 1994: Omega, XR3, Uno Turbo, os importados
Revista Quatro Rodas

Quatro Rodas 1990 a 1994: Omega, XR3, Uno Turbo, os importados

Revistas com o período da abertura das importações e nacionais de uma grande época - a partir de R$ 15

22/05/2025
Oficina Mecânica: técnica, preparação e testes – 1995 a 2001
Revista Oficina Mecânica

Oficina Mecânica: técnica, preparação e testes – 1995 a 2001

Edições com testes de nacionais e importados, dicas de mecânica e "veneno" - a partir de R$ 19

20/05/2025
  • Canal no Whatsapp
  • Instagram
  • Política de privacidade
No Result
View All Result
  • Catálogos
    • Alfa Romeo e FNM
    • BMW
    • Chevrolet / GM
    • DKW-Vemag
    • Chrysler, Dodge e Jeep
    • Ferrari
    • Fiat
    • Ford
    • Mercedes-Benz
    • Mitsubishi
    • Porsche
    • Scania
    • Simca
    • Toyota
    • Volkswagen
    • Volvo
    • Outras marcas
  • Livros
  • Manuais
  • Quadros
    • Alfa Romeo e FNM
    • Audi
    • BMW
    • Chevrolet
    • Chrysler, Dodge e Jeep
    • DKW-Vemag
    • Ferrari
    • Fiat
    • Ford
    • Honda (automóveis)
    • Honda (motos)
    • Land Rover
    • Mercedes-Benz
    • Mitsubishi
    • Porsche
    • Scania
    • Simca
    • Toyota
    • Volkswagen
    • Volvo
    • Willys-Overland
    • Yamaha
    • Outras marcas
    • Outras motos
    • Outros caminhões
  • Revistas
    • Auto Esporte
    • Motor 3
    • Oficina Mecânica
    • Quatro Rodas
    • Outras revistas nacionais
    • Revistas importadas
  • Avaliações
    • Avaliações
    • Comparativos
    • Guias de Compra
    • Os melhores nos testes
  • Passado
  • Arquivo
    • Colunas
    • Consultório Técnico
    • Curiosidades
    • Notícias
    • Supercarros
    • Técnica
    • Teste do Leitor – carros
    • Teste do Leitor – motos
  • Escreva-nos

Consentimento de cookies

Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade. Clique em Aceitar para concordar com as condições ou Negar para não aceitar.

Funcional Sempre ativo
O armazenamento ou acesso técnico é estritamente necessário para a finalidade legítima de permitir a utilização de um serviço específico explicitamente solicitado pelo assinante ou utilizador, ou com a finalidade exclusiva de efetuar a transmissão de uma comunicação através de uma rede de comunicações eletrónicas.
Preferências
O armazenamento ou acesso técnico é necessário para o propósito legítimo de armazenar preferências que não são solicitadas pelo assinante ou usuário.
Estatísticas
O armazenamento ou acesso técnico que é usado exclusivamente para fins estatísticos. O armazenamento técnico ou acesso que é usado exclusivamente para fins estatísticos anônimos. Sem uma intimação, conformidade voluntária por parte de seu provedor de serviços de Internet ou registros adicionais de terceiros, as informações armazenadas ou recuperadas apenas para esse fim geralmente não podem ser usadas para identificá-lo.
Marketing
O armazenamento ou acesso técnico é necessário para criar perfis de usuário para enviar publicidade ou para rastrear o usuário em um site ou em vários sites para fins de marketing semelhantes.
Gerenciar opções Gerenciar serviços Manage {vendor_count} vendors Leia mais sobre esses propósitos
Ver preferências
{title} {title} {title}
Compre pelo Whatsapp