1976
A Fiat chegava ao Brasil em julho e lançava em outubro o 147, derivado do 127 italiano. Era o primeiro nacional com motor transversal, no caso de 1,05 litro, e sobressaía pelo aproveitamento de espaço. Surgia o Passat TS, esportivo de 1,6 litro que “faturava” carros de cilindrada bem maior. A linha Galaxie era reestilizada e ganhava o motor V8 de 4,95 litros do Maverick, enquanto o Opala trazia das pistas para as ruas o 250-S de seis cilindros, mais potente. O Dodge 1800 era renomeado Polara para marcar a correção de vários problemas. Jeep, Rural e F-100 vinham com o motor 2,3 do Maverick.
1977
O lançamento do ano era o Ford Corcel II (setembro), de linhas retas e atuais, que manteria o sucesso do primeiro modelo. Havia o cupê e a Belina, com motor 1,4, mas nunca mais o sedã quatro-portas. O Chevette e o Polara eram reestilizados na frente e o Passat ganhava as versões de três portas e LSE, que adicionava luxo. O Alfa 2300 ganhava a versão ti (turismo internacional), com o painel mais completo dos nacionais, e logo teria dois carburadores de corpo duplo no ti4. Em dezembro a Variant dava lugar à Variant II, ou “Variantão”, com linhas retas e suspensões mais modernas, mas que não fez sucesso e só durou três anos. O 147 ganhava a versão furgão e a Rural saía de linha.
1978
A Fiat inovava com uma picape derivada de automóvel, a 147 Pick-up, e lançava o esportivo 147 Rallye com motor de 1,3 litro. O Passat adotava faróis retangulares, o Corcel II ganhava motor 1,6 e eram lançados o Chevette de quatro portas e o Brasília de cinco, antes restritos à exportação. No fim do ano os Dodges Dart e Charger recebiam nova frente e surgiam versões de luxo, o cupê Magnum e o sedã Le Baron, sempre com o V8 5,2.
1979
Na linha 1980 o Opala aderia a faróis e lanternas retangulares e aparecia o topo de linha Diplomata com ar-condicionado de série e caixa automática opcional. O Chevette Hatch estreava com três portas e linhas simpáticas, mas não fez sucesso. O Fiat 147 era o primeiro carro de série do mundo a rodar com álcool e, para 1980, ganhava a frente “Europa”, mais baixa. O Fusca recebia amplas lanternas traseiras, apelidadas de “Fafá” em alusão ao busto da cantora Fafá de Belém. Primazias da Dodge eram a caixa automática com quatro marchas do Polara e o teto solar com comando elétrico do Magnum. A F-1000 estreava motor a diesel nas picapes Ford. O Maverick deixava o mercado.
1980
Nascia um campeão, embora ainda tímido: o VW Gol, em maio, com motor 1,3 arrefecido a ar e muito criticado pelo desempenho. GM e Fiat chegavam com as peruas pequenas Marajó e Panorama, derivadas do Chevette e do 147, na ordem. A linha Opala tinha novo painel para 1981 e a Gurgel iniciava as vendas a empresas do Itaipu E400, um furgão com propulsão elétrica, seguido por versões picape e de passageiros. Absorvida pela VW, a Chrysler tirava de linha o Charger; também despedia-se a Variant II.
1981
A Ford investia em requinte — painel completo, ar-condicionado, controle elétrico dos vidros e travas — no Del Rey, derivado do Corcel, que trazia as esperadas quatro portas (com opção por duas), mas mantinha o motor 1,6 e o espaço interno. O Gol assumia novo fôlego em fevereiro com o motor 1,6 (ainda “a ar”) e começava a formar família: nascia em maio o sedã Voyage, com o 1,5 “a água” do Passat. A VW encerrava a produção de Dart e Polara, extinguindo a Chrysler no Brasil, e lançava as Kombis Furgão e Pickup a diesel. A picape Fiat vinha com caçamba maior, com base na Panorama.
1982
A GM revolucionava o segmento dos médios em março com o Monza, um hatch três-portas igual ao Opel Ascona alemão. Apesar do tímido motor 1,6 (no fim do ano já viria o 1,8), em desenho, espaço, tecnologia e comportamento dinâmico envelhecia a concorrência da noite para o dia. No mesmo mês a Ford mostrava a Pampa, picape Corcel, e a VW descartava o Brasília. Em junho estreava a Parati, perua Voyage, seguida pela picape Saveiro meses depois. O Passat recebia frente de quatro faróis, o Chevette passava por ampla remodelação e a Fiat lançava o Spazio, um 147 atualizado. A Gurgel mostrava o XEF, diminuto sedã com três lugares lado a lado. Saíam de linha o Jeep e a F-75.
1983
O carro mundial da Ford, o Escort, estreava em agosto com motores 1,3 e 1,6 e opções de três e cinco portas em simultâneo, uma primazia no País. O luxuoso Ghia e o esportivo XR3 vinham meses depois. A GM apostava com sucesso nos Monzas de duas e quatro portas. Em março o Voyage ganhava quatro portas e a Fiat mostrava o sedã Oggi 1,3 com base no Spazio, amplo no porta-malas, mas modesto nas vendas. A perua Scala agregava à Belina o luxo do Del Rey. Em setembro a GM enfim lançava sua picape pequena Chevy 500, derivada do Chevette. O último dos grandes — o Galaxie/Landau — despedia-se e o Volkswagen sedã, afinal, ganhava o logotipo Fusca como era chamado desde os anos 60.
1984
Em agosto aparecia o Fiat Uno, com motores de 1,05 e 1,3 litro, só um ano e meio após o lançamento europeu. A VW buscava o segmento de luxo com o Santana, em abril, com duas ou quatro portas e motor 1,8 — que vinha dois meses antes no esportivo Gol GT e em setembro chegava ao Passat GTS Pointer. A Ford oferecia Pampa e Belina com tração nas quatro rodas, que não se mostrou confiável. Essa aplicação em perua nunca mais se repetiria no Brasil. Para 1985 vinham mudanças de estilo em Corcel e Del Rey, linha Opala e Alfa 2300; o Gol adotava motor 1,6 “a água”. A Gurgel lançava o jipe Carajás com o 1,8 do Santana e o 1,6 a diesel da Kombi.
1985
Um ano de quebra de longos jejuns. Em abril vinham o primeiro conversível de fábrica desde o Karmann Ghia — o Ford Escort XR3 — e a picape Chevrolet série 10/20, enfim uma reformulação completa após 21 anos; em agosto era a vez da VW Quantum (modelo 1988 na foto), perua Santana, a primeira da categoria com cinco portas desde a Simca Jangada. A Fiat introduzia o Prêmio, um Uno sedã com grande porta-malas e novo motor 1,5, e em maio o Monza “85 e meio” deixava o anterior desatualizado em época incomum do ano. O Passat ganhava novos para-choques e painel; os motores VW 1,6 e 1,8 evoluíam na geração AP e vinham o Monza S/R, esportivo com motor 1,8 modificado, e a Caravan Diplomata. O Oggi saía de produção.
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