Ao lado da nova frente, o Ecosport 2008 mostrava boa evolução em aspecto interno; o motor 2,0 logo seria flexível; em 2011 (última foto), o nome vinha no capô
Transmissão automática de quatro marchas para o motor de 2,0 litros (que com ela baixava para 138 cv) era novidade no modelo 2007. Um ano depois o Ecosport recebia nova frente e interior com melhor aspecto. Além de faróis maiores e outras lanternas traseiras, o SUV ganhava painel redesenhado, instrumentos maiores, bancos mais envolventes e opções como computador de bordo e comandos de áudio no volante.
“O Ecosport evoluiu bastante. O interior agregou tanto pelos equipamentos quanto pela aparência e a qualidade dos materiais. Tem comportamento dinâmico correto e desempenho muito bom com motor 2,0-litros, embora apenas regular com o 1,6”, opinamos. O motor 2,0 passava a ser flexível na linha 2009, que subia para 145 cv e 19,5 m.kgf com álcool, mas perdia 2 cv (para 141) e mantinha os 19,1 m.kgf com gasolina. O modelo 2011 trazia nova grade e logotipo do modelo no capô, inspirado na Land Rover. Só nesse ano ele ganhava um concorrente direto nacional, o Renault Duster. Mais de 700 mil carros dessa linha foram vendidos no Brasil.
Da plataforma ao motor 1,6, quase tudo era novo no segundo Ecosport; a versão Titanium (foto maior) assumia o topo de linha e a tração integral logo voltava
Projeto global e dupla embreagem
A segunda geração do Ecosport aparecia em 2012 como um projeto global, também fabricado na China, Índia, Romênia, Rússia, Tailândia e no Vietnã — e assumia o lugar do Fusion no mercado europeu. Trazia a nova plataforma do Fiesta, desenho mais moderno e boas novidades como controle eletrônico de estabilidade e tração, direção com assistência elétrica e chave presencial para acesso e partida. As versões eram S, SE, Freestyle e Titanium.
Nova frente, interior mais refinado e caixa automática tradicional vinham ao Ecosport 2018 brasileiro, assim como teto solar, monitor de pneus e injeção direta no 2,0-litros
O motor de 2,0 litros foi mantido, dessa vez com 141/147 cv e 19/19,7 m.kgf. Já o Rocam 1,6 dava espaço ao mais moderno Sigma, com quatro válvulas por cilindro e bloco de alumínio, apto a 110/115 cv e 15,7/15,9 m.gf. Meses depois vinha a primeira transmissão automatizada de dupla embreagem em um carro nacional: a Powershift de seis marchas, funcional em desempenho e eficiência, mas fonte de problemas em âmbito mundial. De início restrita ao 2,0-litros, tal transmissão podia ser combinada também ao motor 1,5 (nesse caso com 126/131 cv) na linha 2016. O 4WD continuava só com caixa manual.
Na linha 2018 vinham nova frente e grande avanço no interior, incluindo bancos e central de áudio; o motor 2,0-litros evoluía e aparecia um novo 1,5 de três cilindros
O Ecosport chegava aos Estados Unidos em 2017 com nova frente, interior mais refinado, sistema de áudio com tela de toque de 8 polegadas e caixa automática tradicional no lugar daquela de dupla embreagem. Essas novidades vinham ao modelo 2018 brasileiro, assim como rodas de 17 pol, faróis de xenônio e teto solar, restritos à versão de topo Titanium. Outros itens inéditos eram monitor de pressão de pneus, câmera traseira de manobras, bolsa inflável para os joelhos do motorista e alerta para veículo em ponto cego.
As versões SE e Freestyle traziam o primeiro motor brasileiro de três cilindros e 1,5 litro, com 130/137 cv e 15,6/16,2 m.kgf, valores expressivos para a cilindrada. O Titanium recebia injeção direta no 2,0-litros, como já usada pelo Focus, para obter 170/176 cv e 20,6/22,5 m.kgf. Pouco depois aparecia a versão SE Direct simplificada, para vendas diretas e público PCD (pessoas com deficiência), e a tração integral voltava com o Ecosport Storm, agora com caixa automática de série. A versão incluía faixas decorativas, grade própria e rodas em tom grafite.
O Ecosport Storm combinava tração integral, caixa automática e visual diferenciado; o Titanium 2020 perdia o estepe em favor de pneus que podem rodar vazios
O estepe externo havia perdido apelo em outros mercados, o que levou a Ford a oferecer um sistema de reparo de pneu na Europa em 2015. Nesse caso a tampa traseira passava a alojar a placa de licença, mantendo-se aberta para o lado. O modelo norte-americano já surgia com esse formato, que chegava ao Brasil na linha 2020 do Titanium, junto aos primeiros pneus em SUV nacional capazes de rodar mesmo vazios. Pouco depois o Freestyle ganhava opção de teto em preto e vinha a edição 100, alusiva ao centenário da Ford no Brasil, com base no SE. Essa geração já superou 500 mil unidades no País.
Outros mercados tiveram opções diferentes do segundo Ecosport, como motor Ecoboost turbo de 1,0 litro a gasolina (100, 125 ou 140 cv) e turbodiesel de 1,5 litro (100 ou 125 cv) com opção de tração integral. Os europeus dispõem ainda do pacote ST Line, com rodas de 18 pol e visual esportivo. Uma boa ideia brasileira que ganhou o mundo.
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