DS5: “pulseira de relógio”, porta-objetos refrigerado, massagem, tela de 7 pol com botões no console, velocímetro elevado, limitador de velocidade e três forros para o teto
O Peugeot traz um sistema que — embora chamado de Park Assist como o do VW — apenas mede o espaço das vagas adjacentes e indica se estacionar ali é fácil, difícil ou não aconselhado. Curioso não haver o mesmo recurso no Citroën, embora equipe o modelo inferior DS4 e a minivan Grand C4 Picasso. Sensores de estacionamento estão à frente e atrás em todos os modelos, com indicação gráfica no painel para se saber a posição de eventual obstáculo (apenas para os traseiros no Fusion). O Ford indica ainda se houver tráfego perpendicular atrás, útil ao sair de ré de uma vaga de garagem, por exemplo.
Os cinco dispõem de sistemas de áudio muito bons em qualidade, peso (algo menos no Azera) e recursos de uso, com fácil operação pelas telas no painel (Fusion e Passat), por um comando no console (DS5 e 508) ou por botões no painel (Azera). No Ford falta um comando direto para a próxima pasta de arquivos MP3. Comandos no volante e conexões USB estão em todos; Passat e Fusion têm ainda entrada para cartão de memória SD; o segundo inclui entradas RCA para áudio e vídeo, mas não conexão auxiliar. Se o Azera armazena seis CDs (também o Passat), por outro lado não tem interface Bluetooth para telefone celular, o que é inaceitável hoje.
Ar-condicionado com controle automático de temperatura e difusores para o banco traseiro todos trazem, mas no Peugeot são quatro zonas de ajuste (ou seja, mais duas independentes para quem viaja atrás, comandadas no console central) contra duas dos outros, que separam a cabine apenas em lados esquerdo e direito. Falta ao Fusion a extensão de ar frio ao porta-luvas (no DS5 ela é feita ao console central, ainda mais prático). Ainda no Ford, os comandos sensíveis ao toque para ar, áudio e telefone — basta encostar o dedo, sem pressionar ou mover uma tecla — não nos parecem ideais, pois acaba sendo necessária a confirmação visual do acionamento.
Fusion: controlador de distância, monitor de ponto cego, auxílio para estacionar, tela e comandos táteis, senha para acesso, duas travas de capô, porta-óculos
Se todos vêm com teto solar, os de Azera e DS5 chamam atenção. O do Hyundai tem duas amplas seções, a dianteira móvel e a traseira fixa, sendo que aquela corre por cima desta em deslocamento externo; os dois forros têm comando elétrico e se ocultam na parte central, mas seria ideal poder abrir apenas um deles (o arranjo pelo qual o forro corre para trás é preferível nesse aspecto). No Citroën há uma ampla área envidraçada fixa e três forros elétricos (dois na frente, um atrás) de acionamento independente, ou seja, ninguém toma sol se não quiser.
O 508 traz comando das travas infantis das portas traseiras conjugado à desativação de seus comandos de vidros: excelente solução
Apenas no VW o teto solar traz células que obtêm energia da radiação solar, fazendo acionar a ventilação interna com o carro estacionado e desligado (por causa delas não é possível abrir o forro com o vidro fechado, uma pena). Os bancos dianteiros têm ventiladores com três velocidades, um sistema bastante oportuno em um país como o nosso, no qual é comum o ar-condicionado resfriar a cabine, mas os ocupantes continuarem em desconforto por se sentar em bancos de couro que ficaram expostos por horas ao sol. Embora o ar emitido seja natural e não refrigerado, a sensação de conforto é clara — um item que deveria ser mais comum por aqui.
O controle elétrico dos vidros de todos os carros traz função um-toque e sensor antiesmagamento, mas no Azera apenas para os dianteiros. O DS5 foge ao melhor lugar para os comandos — as portas — ao colocá-los no console central, o que inclui os traseiros, tão longe do alcance dos passageiros quanto em alguns carros de baixo preço. Abertura e fechamento acionados a distância constam apenas de 508, Fusion e Passat; o teto solar fecha-se com os vidros nos três, mas só se ergue nos dois últimos ao se comandar a abertura.
Azera: amplo teto solar, cortinas laterais e traseira contra sol, sistema de retenção (como no Passat) e volante com regulagem elétrica e aquecimento
Mesmo em meio a tantos conteúdos, alguns itens ainda são exclusivos. O 508 traz comando das travas infantis das portas traseiras conjugado à desativação de seus comandos de vidros — excelente solução, pois facilita tanto o acionamento quanto a liberação quando se levam adultos atrás. O Azera é o único a ter faixa degradê no para-brisa (que deveria estar em todos), aquecimento no volante e o mecanismo que move o banco e o volante para facilitar a entrada e a saída do motorista (no Fusion, só o banco). Tanto o Peugeot quanto o Hyundai oferecem cortinas contra sol no vidro traseiro (de comando elétrico) e nas portas de trás (manuais). Azera e Passat têm o sistema Auto Hold, que mantém o carro freado mesmo com o câmbio em D, liberando-o ao acelerar.
No Fusion o retrovisor esquerdo é fotocrômico (a exemplo do interno em todos os modelos) e há ajuste da iluminação interna em sete cores, tomadas de 12 e 110 volts para o banco traseiro, comandos de voz para diversas funções, modo para manobrista habilitado com senha (inibe alguns recursos do carro), dois fechos de segurança no capô e um teclado na coluna da porta do motorista (visível apenas ao tocá-la) que permite trancar e abrir o carro sem uso da chave, podendo esta permanecer guardada dentro dele. A chave My Key admite programar restrições para o próximo motorista, como limitar velocidade e volume de áudio ou deixar o som mudo até que se coloque o cinto de segurança. Por botões no volante comandam-se também funções como ar-condicionado e navegador; o bocal de abastecimento não usa tampa rosqueada.
508: comutação automática de faróis, ar-condicionado de quatro zonas, limpador com braços opostos, limitador de velocidade, dois repetidores digitais para o velocímetro
Ainda no Ford, a partida do motor pode ser feita de fora do carro, mesmo de portas travadas, ou programada incluindo acionamento de ar-condicionado ou aquecimento na temperatura desejada e do desembaçador do vidro traseiro — funções pensadas para inverno rigoroso, com neve, mas válidas também para um verão como o brasileiro. Tanto nele quanto no 508 há comutação automática entre fachos alto e baixo dos faróis (acende o alto em vias sem iluminação e passa ao baixo ao detectar veículo à frente ou no sentido oposto). O Ford e o Hyundai trazem aviso configurável para o momento de trocar o óleo lubrificante e, no segundo, também fazer rodízio de pneus.
Restritos ao DS5 são o alarme com proteção por ultrassom, os vidros verdes mais escuros da coluna central para trás e o enorme compartimento refrigerado no console, que compensa o ínfimo porta-luvas. Ele e o 508 têm limitador de velocidade e, como o Passat, o Citroën oferece alerta programável para excesso de velocidade. VW e Peugeot estendem ao passageiro da frente o apoio lombar com ajuste elétrico.
Maçanetas cromadas (mais fáceis de localizar à noite) equipam Azera e Fusion, cujas janelas traseiras descem por inteiro. Os três modelos de origem europeia vêm com acendedor de cigarros e ajuste de altura também para o banco do passageiro. Porta-óculos equipa Ford, Hyundai e VW. Luzes de cortesia no assoalho interno vêm em todos; nas portas, no Azera e no Passat; e no assoalho externo, nos dois franceses. Azera, DS5 e 508 têm rebatimento elétrico dos retrovisores externos. Só ao Peugeot falta o aquecimento dos bancos dianteiros.
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