Parecidos em porte, potência e preço, eles se distinguem na forma como atendem à proposta de uso: conforto no Audi, esportividade no Honda
Custo-benefício
Os preços básicos estão afastados por R$ 19 mil, o que representa menos de 15% do A3 (R$ 148 mil) sobre o Civic (R$ 129 mil). Apenas o primeiro oferece opcionais, que são bem caros: sistema de áudio MMI Plus com navegador (R$ 14 mil) e pacote Assistance Plus com acesso e partida sem chave, assistentes de estacionamento e de farol alto, câmera traseira, controlador da distância à frente e monitor de faixas de rolamento (R$ 20 mil), além de pintura metálica (R$ 1.500). Com todos eles o preço superaria R$ 183 mil, pelo que não os consideramos no carro avaliado.
Considerados os conteúdos de série, o Audi traz equipamentos a mais como ajuste elétrico do banco, faróis de xenônio, revestimento em couro (sintético) e transmissão automatizada, enquanto o Honda vem com câmera traseira e navegador, itens que o rival inclui nos onerosos pacotes. Assim, o A3 certamente vale mais que o Si, mas chegaria a justificar a diferença de R$ 19 mil?
Para obter essa resposta é preciso passar à comparação item por item, que efetuamos nas páginas anteriores e pode ser sintetizada pelas notas abaixo. Ela apontou vantagens do A3 em instrumentos, itens de conveniência, espaço interno, porta-malas, desempenho, suspensão, visibilidade e segurança passiva, deixando ao Civic melhor nota apenas em estabilidade. Agora fica evidente que o Audi oferece mais e justifica o custo adicional, embora o Si não seja um carro medíocre: obteve boa média final e alta avaliação nos quesitos mais importantes em um esportivo.
Mais que a superioridade de um sobre o outro, o que o comparativo demonstrou é que são carros para perfis diferentes de comprador, mesmo que similares em aspectos como porte e potência. Da decoração e das duas portas ao comportamento dinâmico, passando pelo caráter e o ronco do motor, a caixa manual e a suspensão mais firme, o Si é claramente voltado a quem prioriza a direção rápida e prazerosa ao conforto — mas ficou mais civilizado que o antigo modelo nacional em termos de distribuição de torque.
Por sua vez, o A3 oferece mais comodidade com as quatro portas, a transmissão automatizada e a suspensão macia, além de ter um doce motor que satisfaz tanto pela agilidade no tráfego urbano quanto pelo desempenho quando explorado a fundo. E, assim como o oponente, esta nova versão abriu mão de certa esportividade para atender melhor a quesitos como o conforto de rodagem.
Nossas notas
A3 | Civic | |
Estilo | 4 | 4 |
Acabamento | 4 | 4 |
Posição de dirigir | 4 | 4 |
Instrumentos | 4 | 3 |
Itens de conveniência | 4 | 3 |
Espaço interno | 3 | 2 |
Porta-malas | 4 | 3 |
Motor | 5 | 5 |
Desempenho | 5 | 4 |
Consumo | 4 | 4 |
Câmbio | 5 | 5 |
Freios | 5 | 5 |
Direção | 4 | 4 |
Suspensão | 5 | 4 |
Estabilidade | 4 | 5 |
Visibilidade | 5 | 3 |
Segurança passiva | 5 | 4 |
Custo-benefício | 3 | 3 |
Média | 4,28 | 3,83 |
Posição | 1º. | 2º. |
As notas vão de 1 a 5, sendo 5 a melhor; conheça nossa metodologia |
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