Citroën C4 Lounge, Ford Focus Fastback, Honda Civic, Toyota Corolla e Volkswagen Jetta enfrentam-se em suas versões de topo
Texto e fotos: Fabrício Samahá
No último grande comparativo que fizemos no segmento de sedãs médios, em dezembro de 2013, o vencedor na média final foi o Renault Fluence GT, versão que não está mais à venda no mercado nacional. Mas dois importantes competidores estiveram ausentes daquele encontro: o Toyota Corolla, líder de vendas da classe, que estava por mudar de geração, e o Volkswagen Jetta, que então se distanciava dos demais em preço.
Resolvemos convidar ambos para este novo confronto, que inclui um renovado Ford Focus Titanium Plus — agora com a designação Fastback para a carroceria de sedã, em busca de um público mais jovem — e o Citroën C4 Lounge Exclusive THP com motor flexível em combustível. O Honda Civic, que não poderia faltar por sua relevância no mercado (segundo lugar em vendas na categoria), aparece em versão EXR com alguns itens inéditos em relação àquele modelo 2014. O Corolla está presente no acabamento de topo Altis e o Jetta na Highline TSI, ou seja, os cinco vieram em sua opção de topo em acabamento e motorização.
Citroën C4 Lounge Exclusive THP | 4,62 m | 166/173 cv | R$ 89.490 |
Ford Focus Fastback Titanium Plus | 4,53 m | 175/178 cv | R$ 98.900 |
Honda Civic EXR | 4,52 m | 150/155 cv | R$ 90.700 |
Toyota Corolla Altis | 4,62 m | 143/154 cv | R$ 101.990 |
Volkswagen Jetta Highline TSI | 4,66 m | 211 cv | R$ 111.380 |
Preços públicos sugeridos, em reais, para os carros avaliados, com possíveis opcionais |
O que temos aqui são concorrentes diretos nos quatro “Ps” que norteiam nossos comparativos. A proposta de uso é basicamente a mesma: sedãs de médio porte com espaço para a família e sua bagagem e desempenho suficiente para qualquer condição de uso, embora possam — alguns, mais que outros — também interessar a compradores que não precisariam do banco traseiro. Em porte, a maior diferença em comprimento é de 14 centímetros do Civic para o Jetta, e em distância entre eixos, de 6 cm entre o Focus e o C4 Lounge.
Em potência todos rompem a barreira dos 150 cv, mesmo que um deles precise ser abastecido com álcool para isso. O líder é o Jetta, com 211 cv no motor turboalimentado de 2,0 litros com injeção direta de gasolina (o único não flexível). No pelotão intermediário estão o Focus, com 175/178 cv no 2,0-litros aspirado, e o C4 Lounge, com 166/173 cv no 1,6-litro turbo, ambos também dotados de injeção direta. A dupla japonesa fica na última fila, com 150/155 cv no Civic e 143/154 cv no Corolla (sempre na ordem gasolina/álcool) em unidades aspiradas de 2,0 litros com injeção convencional, indireta.
Soluções variadas, como se vê, e não apenas nos motores. Volkswagen e Ford optaram pelos câmbios automatizados de dupla embreagem e seis marchas; Citroën e Honda, pelas caixas automáticas, com seis marchas no primeiro e cinco no segundo; e a Toyota adotou um câmbio automático de variação contínua (CVT) que simula sete marchas. Até mesmo em procedência eles mostram contrastes: o Jetta vem do México, C4 Lounge e Focus são argentinos e Civic e Corolla saem do interior paulista.
Falta um último — e muitas vezes decisivo — item, o preço. Os menores valores iniciais são os de C4 Lounge (R$ 89,5 mil) e Civic (R$ 90,7 mil), com o Jetta no meio (R$ 96,9 mil) e Focus (R$ 98,9 mil) e Corolla (R$ 102 mil) no topo. Cabe notar que o VW é único em dois aspectos: não oferece a mesma configuração de motor e câmbio em uma versão mais acessível e, apesar do preço de entrada, mantém uma lista de opcionais que pode elevar o valor em 15%, como acontecia com o carro que recebemos, orçado em R$ 111,4 mil. Os demais oferecem opção apenas de pintura metálica ou perolizada, que não consideramos nos preços acima.
Muitas semelhanças, vários contrastes e a dúvida de sempre: qual retribui mais pelo que se paga? Para responder, só mesmo colocando-os lado a lado em uma análise detalhada.
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