Fusion, Accord e Passat: três modos de dizer conforto

Híbrido, V6 ou turbo? Diferentes soluções técnicas em sedãs amplos e dotados de muita conveniência e segurança

Texto e fotos: Fabrício Samahá

 

Comprar um sedã executivo no Brasil, hoje, é escolher entre opções variadas. Concorrem entre si modelos de procedências e arquiteturas mecânicas bem diversas, e até carro híbrido existe em faixa de preço compatível à dos tradicionais. É o caso dos três que colocamos lado a lado neste comparativo.

Com preços entre R$ 160,9 mil e R$ 185,9 mil nas versões avaliadas, Ford Fusion, Honda Accord e Volkswagen Passat têm algo de novo a apresentar em versões com escolas mecânicas diversas. O primeiro passou por mudanças na linha 2017 e aqui se representa pela versão de topo Titanium Hybrid, que combina motor elétrico a um aspirado de 2,0 litros (há também o Ecoboost com motor turbo de 2,0 litros e 248 cv). O segundo, revisto para 2016, está disponível apenas com motor V6 de 3,5 litros em acabamento EX. O terceiro chegou há pouco em nova geração e veio na opção superior Highline com motor turbo de 2,0 litros.

 

 

Ford Fusion Titanium Hybrid Honda Accord EX Volkswagen Passat Highline
4,87 m 4,91 m 4,77 m
2,0 litros e motor elétrico 3,5 litros 2,0 litros, turbo
191 cv 280 cv 220 cv
R$ 160.900 R$ 162.500 R$ 185.943
Preços públicos sugeridos para os carros avaliados, com possíveis opcionais, em 13/7/17

 

 

Mecânicas à parte, são competidores nos quatro “Ps” que definem nossos comparativos. Começam pela proposta de uso: sedãs espaçosos e fartamente equipados para oferecer conforto e segurança a famílias ou ao transporte executivo. O porte é similar, com variação de até 14 centímetros em comprimento (maior no Accord) e de 7 cm em distância entre eixos (mais longa no Fusion). Em potência o Accord está à frente, com 280 cv ante 220 do Passat e 191 do Fusion.

Em preço, dois estão próximos: o Ford por R$ 160,9 mil e o Honda por R$ 162,5 mil, ambos em configuração única. Pelo VW paga-se mais, R$ 185,9 mil na versão Highline com teto solar, embora exista a Comfortline com mesma mecânica por R$ 164,9 mil. A pergunta fica evidente: compensa gastar cerca de 15% a mais para levar o Passat? Vamos atrás da resposta.

• Atualização em 17/7/17: o Passat atual oferece menos equipamentos do que havíamos informado, pois nos baseamos no modelo 2016 avaliado. O texto foi corrigido.

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Fusion
Accord
Passat

 

Só o Passat é todo novo, lançado em 2014 na Europa; Fusion e Accord foram reestilizados na atual geração; todos usam faróis de leds nessas versões

 

Concepção e estilo

O Passat surgiu primeiro, em 1973, na mesma geração que tivemos aqui no ano seguinte — ainda como fastback, pois o sedã de três volumes viria só na segunda em 1980. Esta chegou ao Brasil como Santana, mas não a terceira: só o recebemos de volta como Passat em 1994 como importado. Desde então a VW tem trazido suas evoluções, chegando à atual (sexta geração) no fim de 2015, um ano após o mercado europeu. Uma peculiaridade em sua história é ter usado motor longitudinal por duas gerações, transversal por outras duas, longitudinal mais uma vez e voltado ao transversal, agora mantido.

Pouco depois, em 1976, o Accord era lançado como hatchback, ao qual logo se somaria o sedã. Ao Brasil ele chegou em 1992 na quarta geração. O atual modelo, o nono, apareceu em 2013 e foi reestilizado para 2016. Como o VW ele sempre usou tração dianteira, mas o motor se manteve transversal desde o começo. Mais recente, o Fusion apareceu nos Estados Unidos em 2005 com base em plataforma da japonesa Mazda, então parceira da Ford. A segunda geração saiu em 2012, dessa vez em projeto compartilhado com os europeus, que o têm como Mondeo.

O Fusion é o mais ousado em termos de estilo, com arestas e vincos mais pronunciados e perfil típico de fastback, com queda bem sutil do teto à tampa do porta-malas. Honda e Volkswagen optaram por desenhos sóbrios, que buscam um perfil de público mais adepto da elegância discreta que da ousadia — e são bem-sucedidos nessa missão. Modernidade comum aos três pode ser vista nos faróis de leds, que no Accord incluem os de neblina, com belo efeito visual quando acesos.

 

Fusion
Accord
Passat

 

O perfil do Ford, mais para fastback que para sedã, traz certa esportividade, mas são três automóveis bastante elegantes

 

Apenas o Passat tem coeficiente aerodinâmico (Cx) informado, ótimo 0,28, mas a suavidade de formas dos outros sugere que não fiquem muito atrás. As carrocerias do Honda e do VW revelam fabricação esmerada nos vãos impecáveis entre os painéis metálicos, que poderiam ser menores no primeiro. Nesse aspecto o Fusion avaliado decepcionou, com vãos irregulares e alguns muito grandes.

 

O Passat substituiu o quadro de instrumentos por uma tela digital configurável; no Fusion a operação do sistema híbrido é demonstrada na tela do painel

 

Conforto e conveniência

O acabamento dos três modelos está à altura dos preços, com couro nos bancos e volante e materiais plásticos de boa qualidade, vários deles suaves ao toque. O desenho dos interiores é sóbrio, mesmo com soluções criativas em alguns itens, como a integração dos difusores de ar às linhas do painel no lado do passageiro do Passat.

Os três têm amplos e bem desenhados bancos dianteiros com ajuste elétrico. Só o Passat oferece regulagem manual do apoio das coxas, ajuste da altura do apoio lombar do motorista (nos outros, apenas sua intensidade) e massageador (varia a pressão nas costas e sua altura em uma sequência para reduzir o cansaço em longos trajetos). Duas memórias de posição para o do motorista e ajuste lombar no do passageiro estão nele e no Fusion, cujo apoio para as coxas poderia melhorar. Volantes bem desenhados e apoio ideal para o pé esquerdo são qualidades em comum.

 

Fusion
Accord
Passat

 

Interiores sóbrios e bem-acabados com fartura de conveniências, mas Ford e VW as oferecem em número bem maior que o Honda

 

O Passat substituiu o quadro de instrumentos analógico por uma tela digital de alta resolução de 12,3 polegadas, muito fácil de ler sob qualquer condição de luz. Ela admite escolher o que aparece no centro do velocímetro e do conta-giros, além do espaço entre eles, entre os modos Classic, consumo/autonomia, eficiência, navegação e assistência à condução. Se desejado, diminuem-se os mostradores principais para ampliar a área do mapa de navegação. A tela central do áudio pode exibir medidores de aceleração (g), pressão do turbo e temperatura do óleo ou marcadores que orientam para condução econômica.

 

 

O computador de bordo do VW inclui velocidade média, cronômetro e três medições (desde zerado, desde a partida e desde o reabastecimento), embora os dos rivais tenham histórico de médias de consumo. No Fusion o velocímetro analógico vem ladeado por mostradores configuráveis. À esquerda podem-se ver indicadores de uso do motor elétrico, recarga da bateria via regeneração, conta-giros, computador e histórico de consumo. No lado direito escolhe-se entre informações de áudio, navegação, o mesmo histórico e as “folhas de eficiência”, que crescem enquanto se dirige com moderação e deixam cair folhas ao apertar o acelerador.

Interessante no Hybrid é o mostrador de fluxo de energia na tela central do painel: a vista lateral do carro demonstra quais os sistemas ligados e como a energia segue de um a outro. Acelera-se pouco e a bateria alimenta o motor elétrico; se o motor a combustão entra em ação, recebe energia do tanque de combustível; em descida a regeneração faz carregar a bateria. Parado, o único fluxo é da bateria para o painel e, se ligado, o ar-condicionado — que tem acionamento elétrico e não depende do quatro-cilindros. No Accord o quadro analógico é simples, amplo e bem legível.

 

Fusion
Accord
Passat

São muito confortáveis para quatro adultos, mas inadequados para cinco; o motorista acomoda-se bem; o Passat lhe oferece massagem e mais regulagens

 

Os sistemas de áudio usam ampla tela sensível ao toque, de 8 pol no Passat e no Fusion e 7 no Accord, e oferecem navegador e integração a telefone por Android Auto e Apple Car Play. Os dois primeiros têm toca-DVDs (o Fusion, toca-CDs), o VW traz duas entradas para cartões de memória SD e o Honda tem entrada HDMI para vídeo. Ford e VW aceitam comandos de voz. Conexões USB (duas no Fusion) e Bluetooth estão nos três. A qualidade de áudio é muito boa em todos, mas falta peso nos graves no Honda (vale notar que nosso VW tinha o áudio Dynaudio, até com alto-falante de subgraves no estepe, que não está mais disponível).

O Fusion oferece assistente de estacionamento, que manobra o carro em vaga paralela ou perpendicular. Por conta do sistema, os sensores abrangem 360 graus em torno do carro, enquanto os dos rivais monitoram a região frontal e a traseira (o Passat teve o assistente apenas no modelo 2016). Todos têm câmera de manobras atrás, que no Honda admite escolha entre três ângulos.

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Fusion: instrumentos configuráveis nas laterais, mostrador de fluxo de energia na tela de 8 pol, assistentes de faixa e para estacionar, “folhas da eficiência” e memória de posição do banco; porta-malas com bateria traz reparo de pneu em vez de estepe

 

Requinte do Ford e do VW é o controlador de distância à frente, que inclui função para-anda para retomar o movimento em paradas (caso ela dure mais que alguns segundos, basta dar um toque no acelerador). O do Passat monitora também a velocidade de eventual veículo na faixa à esquerda, o que vimos pela primeira vez, com o objetivo de não passar por ele pela direita — proibido na Alemanha, mas não no Brasil, salvo se configurar ultrapassagem. Se desejar fazê-lo o motorista precisa acelerar.

 

Requinte do Ford e do VW é o controlador de distância à frente, que inclui função para-anda; o Honda traz a boa ideia da câmera para monitorar as faixas à direita

 

O Fusion traz assistente de faixa de rolamento: uma câmera lê as demarcações da pista e, se o carro começa a se aproximar delas, alerta o motorista e/ou provoca pequenas correções na direção (pode-se escolher entre uma ação, outra ou ambas). Caso o condutor tire as mãos do volante, o carro logo detecta e o avisa.

Boa ideia da Honda, já presente no Civic Touring nacional, é a câmera Lane Watch sob o retrovisor direito para monitorar as faixas daquele lado. As imagens aparecem na tela central superior do painel quando se aciona a luz de direção, podendo ser acionadas de forma permanente por botão. Substitui com vantagens o retrovisor: a tela fica mais próxima do campo visual do motorista e compensa a luminosidade à noite.

 

Accord: câmera sob retrovisor com imagens no painel e, como o Fusion, partida remota do motor

 

Todos vêm com alerta para uso do cinto, apoios de braço centrais à frente e atrás,ar-condicionado automático (de três zonas no Passat, sendo uma para o banco traseiro, e duas nos outros) com difusores para os passageiros de trás, aviso específico de qual porta está mal fechada, chave presencial para acesso e partida, controle elétrico de vidros com função um-toque para todos e comando a distância para abrir/fechar vidros e teto solar, espelhos iluminados nos para-sóis, faróis e limpador de para-brisa automáticos, porta-copos, porta-luvas com fechadura, porta-óculos de teto, quatro alças de teto com retorno suave, recolhimento elétrico dos retrovisores, retrovisor interno fotocrômico e teto solar com controle elétrico (maior e opcional no VW).

 

 

Accord e Passat têm ainda acendedor de cigarros, capô sustentado por mola a gás (falta estranha no Fusion) e luzes de cortesia nas portas e no assoalho. Estão no Ford e no VW aquecimento dos bancos dianteiros, comando elétrico e liberação automática do freio de estacionamento, comutação automática de facho dos faróis, monitor de pressão dos pneus e vidros traseiros que descem por inteiro. Controle remoto para partida do motor equipa o Hybrid e o Honda.

Exclusivos do Ford são ventilação nos bancos dianteiros, que o VW tinha no modelo anterior, e senha para destravar as portas (permite deixar a chave dentro ao sair). Só no VW há limitador de velocidade, luzes de leitura separadas na traseira (uma no Accord), retenção automática nas paradas do trânsito, tampa do tanque de combustível aberta junto das portas (mais prático que acionar alavanca, como nos rivais) e tomada de 12 volts no porta-malas. Restam a favor do Honda as maçanetas internas cromadas, de melhor visualização à noite.

 

 

Passat: instrumentos digitais configuráveis, tela central com mostradores esportivos e orientação de economia, controlador de distância, massagem no banco do motorista

 

O que pode ser aprimorado? No Passat faltam duas adequações ao clima brasileiro: faixa degradê no para-brisa (assim como no Fusion) e forro de teto solar que vede os raios solares, em vez da atual tela perfurada. No Accord o volante é rígido por baixo do couro e continua uma tradução estranha para a autonomia do computador de bordo (chama de intervalo; era variação no modelo 2013 avaliado antes).

Espaço é, como esperado, um forte atributo desses automóveis. São muito amplos para as pernas de quem viaja no banco traseiro e confortáveis também em altura e largura úteis, à frente ou atrás. Só não se prestam bem a levar cinco pessoas — o passageiro central fica incomodado e afasta os colegas de sua melhor posição, dada a conformação do banco.

Optar pelo Fusion Hybrid significa abrir mão de espaço de bagagem, pois a bateria de grande capacidade fica atrás do banco traseiro (e a menor na lateral esquerda): dos razoáveis 453 litros da versão normal restam 392, o que pode incomodar em viagens. O do Passat é enorme, 586 litros, e o do Accord muito bom com 506. Em todos o encosto traseiro é dividido 60:40. A tampa do Passat, motorizada, pode ser acionada pelo movimento do pé sob o para-choque, muito prático ao chegar com mãos ocupadas, e seu estepe de tamanho integral vem até com roda de alumínio. O Honda passou a pneu temporário e no Hybrid não há estepe: só um aparelho elétrico que sela furos e enche o pneu.

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Fusion
Accord
Passat

 

O Fusion Hybrid tem capacidade de bagagem bem menor: 392 litros contra excelentes 586 do Passat e 506 do Accord

 

Equipamentos de série e opcionais

  Fusion Accord Passat
Ajuste de altura dos bancos mot./pas. S/S S/S S/S
Ajuste de apoio lombar mot./pas. S/S S/ND S/S
Ajuste do volante em altura/distância S/S S/S S/S
Ajuste elétrico dos bancos mot./pas. S/S S/S S/S
Ajuste elétrico dos retrovisores S S S
Alarme antifurto/controle a distância S/S S/S S/S
Aquecimento S S S
Ar-condicionado/automático/zonas S/S/2 S/S/2 S/S/3
Assistente de estacionamento S ND ND
Assistente de faixa de rolamento S ND ND
Bancos/volante revestidos em couro S/S S/S S/S
Bolsas infláveis frontais/laterais/ cortinas/joelhos (mot./pas.) S/S/ S/S S/S/ S/ND S/S/ S/ND
Caixa automática/automatizada S/ND S/ND ND/S
Câmera traseira para manobras S S S
Chave presencial acesso/partida S/S S/S S/S
Cintos de 3 pontos, todos os ocupantes S S S
Computador de bordo S S S
Conta-giros S S S
Controlador de distância à frente S ND S
Controlador/limitador de velocidade S/ND S/ND S/S
Controle de tração/estabilidade S/S S/S S/S
Controle elétrico dos vidros diant./tras. S/S S/S S/S
Controles de áudio no volante S S S
Direção assistida S S S
Encosto de cabeça, todos os ocupantes S S S
Faróis de leds/xenônio S/ND S/ND S/ND
Faróis de neblina S S S
Faróis/limpador de para-brisa aut. S/S S/S S/S
Freios antitravamento (ABS) S S S
Interface Bluetooth para celular S S S
Limpador/lavador do vidro traseiro NA NA NA
Luz traseira de neblina ND ND S
Navegador por GPS S S S
Rádio com MP3 S S S
Repetidores das luzes de direção S S S
Retrovisor interno fotocrômico S S S
Rodas de alumínio S S S
Sensores de estacionamento diant./tras. S/S S/S S/S
Teto solar/comando elétrico S/S S/S O/O
Travamento central das portas S S S
Convenções: S = de série; O = opcional; ND = não disponível; NA = não aplicável
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Fusion
Accord
Passat

 

Maior potência garante desempenho superior ao Accord, mas o Passat fica perto em aceleração e tem mais torque em baixa; o Fusion é o mais lento

 

Mecânica, comportamento e segurança

Os europeus há tempos adotaram a estratégia de motores turboalimentados de menor cilindrada (downsizing), enquanto os japoneses resistiram bastante a ela, mesmo que venham cedendo em alguns casos. Enquanto isso, o mercado norte-americano tem sido um dos mais receptivos a modelos híbridos. Os carros do comparativo representam cada uma dessas escolas.

O Accord usa um V6 de 3,5 litros e aspiração natural, ante o quatro-cilindros turboalimentado de 2,0 litros do Passat. Ambos têm recursos variados para aumentar a eficiência (leia mais sobre técnica). No Fusion, o quatro-cilindros aspirado de 2,0 litros vem associado a um motor elétrico. O Honda fala mais alto em potência, 280 cv ante 220 do VW e 191 do Ford, mas o Passat o vence em torque: 35,7 m.kgf desde 1.500 rpm contra 34,6 m.kgf a 4.900 rpm do Accord e 24,5 m.kgf em regime não divulgado no Fusion (pela combinação dos dois motores, como divulgada pelo fabricante).

Percebem-se tais diferenças ao dirigi-los. O Accord pede mais rotações para obter seu melhor desempenho, mas fornece um empurrão tão consistente quanto o do Passat de médios para altos giros e acaba por superá-lo em acelerações. No Fusion a resposta inicial convence, pois motores elétricos obtêm seu torque máximo em todas as rotações. Contudo, o ímpeto logo diminui e o desempenho fica distante dos adversários.

 

Fusion
Accord
Passat

 

Diferentes caminhos, diferentes resultados: motores de 2,0 litros e elétrico no Ford, V6 de 3,5 litros no Honda e turbo de 2,0 litros no VW

Fusion
Accord
Passat

Diversos também na transmissão: CVT com comando giratório no Fusion, automática tradicional no Accord, automatizada de dupla embreagem no Passat

 

Os motores da Honda e da VW são bastante suaves e silenciosos (com ligeira aspereza no primeiro ao operar com três cilindros desativados), mas emitem um ronco agradável quando mais explorados, sobretudo o V6, que transmite certa esportividade. Nesse aspecto o Ford decepciona: talvez pelo ciclo Atkinson, o quatro-cilindros produz um ruído estranho e certa aspereza que tiram muito do refinamento do carro quando ele atua. Para quem busca se empolgar pelo som em um Fusion, melhor optar pelo Ecoboost.

 

O Accord pede mais rotações, mas fornece empurrão tão consistente quanto o do Passat de médios para altos giros; no Fusion, de boa resposta inicial, o ímpeto logo diminui

 

A dica estende-se, certamente, também aos sedentos por desempenho. Na pista de testes o Accord acelerou de 0 a 100 km/h em 7,3 segundos e o Passat em 7,7 s, ambos bem à frente do Fusion (9,9 s). Nas retomadas o VW passou adiante em duas das três provas, mas o Ford continuou em último. Sua grande vantagem é o baixíssimo consumo, próximo ao de compactos de 1,0 litro, caso dos 18,5 km/l em trajeto rodoviário contra 12,9 do VW e 12,4 do Honda. Veja os números e a análise detalhada.

O Hybrid pode rodar apenas com motor elétrico a até 137 km/h, mas não existe um seletor que o fixe nesse modo: a decisão cabe à central eletrônica de acordo com o modo de dirigir e condições como temperatura do motor, aclividade da via e carga da bateria. No uso urbano com acelerador leve consegue-se rodar por certo tempo em elétrico, assim como em declives de rodovia, até que o consumo de energia faça religar o motor a gasolina.

 

Fusion
Accord
Passat

 

Medidas de pneus e conceitos de suspensão similares, mas o VW se beneficia em conforto e estabilidade pelo controle eletrônico de amortecimento

 

As transmissões são diferentes em conceito: no Fusion, automática de variação contínua (CVT); no Accord, automática tradicional com conversor de torque; no Passat, automatizada de dupla embreagem (com seis marchas nos dois modelos). Todas são suaves na operação e respondem bem ao que o motorista comanda pelo acelerador, sinal de êxito na calibração. O programa esportivo de Honda e VW mantém o motor em regimes mais altos. Para o Ford há o botão L, que impõe relações mais altas (curtas) para obter freio-motor. Em vez de alavanca ele usa um botão giratório, como na Jaguar Land Rover, o que em nada o prejudica.

 

 

O Accord agora traz comandos do tipo borboleta no volante para mudanças manuais, não disponíveis no V6 anterior; o VW, além deles, permite operação manual via alavanca. Diferentes são as atitudes em modo manual: o Passat muda à próxima marcha no limite de giros e faz redução ao apertar o acelerador até o fim de curso; o Accord, nem uma coisa nem outra. Nossa opinião: melhor o primeiro arranjo. Para o Ford não existe opção de emular marchas, como em outros CVTs, pois a proposta da versão está focada em eficiência e não esportividade.

O Passat oferece seletor de programas de condução com cinco modos: Eco, Comfort, Normal, Sport e Individual, este com ajuste em separado para motor, transmissão, direção, amortecedores, ar-condicionado, etc. No Accord e no Fusion são dois programas, o normal e um mais eficiente (Econ no primeiro, Eco no segundo), que ajusta os principais parâmetros para poupar combustível. No Ford a direção também fica mais pesada e aumenta a regeneração de energia: o carro roda menos solto ao desacelerar.

 

Fusion
Accord
Passat

 

Os três usam leds nos faróis (também nos de neblina do Accord); Fusion e Passat comutam entre fachos alto e baixo conforme haja outros veículos adiante

 

Embora os três usem conceitos modernos e eficazes na suspensão, com multibraço na traseira, o Passat avança pelo controle eletrônico de amortecimento, que adapta sua carga às condições do terreno e ao modo de dirigir. Apesar do comportamento impecável em retas, mesmo em velocidades típicas de Alemanha, nas curvas a atitude subesterçante o afasta da esportividade. Seu controle eletrônico de estabilidade oferece modo esportivo e é bom que o faça, pois o programa normal atua em demasia. Seguem-se o Fusion e o Accord — que poderia ter mais carga de amortecedores. Curioso que os pneus usem idêntica medida em todos, 235/45 R 18 (de fabricação chinesa no Honda).

O programa Sport da suspensão do VW é inviável no piso brasileiro: qualquer ondulação do asfalto é transmitida aos ocupantes como em um carro de corrida. Melhor deixar no modo normal, que se adapta ao motorista de forma apropriada, ou no Comfort, que traz conforto surpreendente em pisos de má qualidade. No conjunto, a suspensão do Passat parece pertencer a um carro R$ 100 mil mais caro. Em absorção de irregularidades o Fusion agrada mais que o Accord — em que pese o novo Civic, parece que transmissão de impactos acima do desejado continua característica dos Hondas.

Capacidade de frenagem e assistência estão bem dimensionadas nos três carros. O Hybrid, na verdade, só aciona as pastilhas a partir de certa demanda do sistema: no uso moderado atuam apenas os regeneradores de energia. Como logo se aprende pelo mostrador, quanto mais longo o uso do pedal da esquerda, mais eletricidade se obtém, razão para se frear devagar sempre que possível. As direções foram bem acertadas quanto a leveza em manobras, peso em velocidade e sensibilidade em curvas, mas a do Fusion esterça pouco e impõe um diâmetro de giro bem maior que os demais (não é divulgado).

 

Fusion
Passat

Cintos laterais traseiros infláveis são item exclusivo do Fusion; ele e o Passat trazem alerta para veículo em ponto cego nas faixas laterais

 

Todos estão bem equipados quanto a iluminação, com leds para ambos os fachos dos faróis e para luzes diurnas, assim como os faróis de neblina no Accord. Têm repetidores laterais das luzes de direção, mas só o Passat traz luz de neblina traseira. A visibilidade dianteira é pouco menor no Fusion pelas colunas mais largas. Excelentes são seus retrovisores biconvexos, tipo usado na esquerda no VW. Esses dois têm monitor de ponto cego, que alerta por leds nos retrovisores ao detectar veículo nas faixas ao lado, sobretudo na região não coberta pelos espelhos. A favor do Honda está a câmera direita, já explicada.

Uma falha do Fusion é usar luzes de direção traseiras vermelhas e conjugadas às de freio, em desacordo com o padrão local vigente desde os anos 80. Embora a legislação admita que ele venha como vendido na origem, o bom senso recomendaria à Ford usar lanternas de padrão europeu (disponíveis no Mondeo), como vários fabricantes fazem ao trazer carros da América do Norte.

É farto o conteúdo de segurança passiva dos três, com bolsas infláveis frontais, laterais dianteiras e cortinas, assim como encostos de cabeça e cintos de três pontos para todos os ocupantes e fixação Isofix para cadeiras infantis. No Fusion, exclusivos são as bolsas infláveis de joelhos para motorista e passageiro ao lado e os cintos traseiros infláveis nas posições laterais, cujo disparo amplia a área de absorção do impacto pelo corpo. O Passat tem o sistema Pro-Active (opcional), que prepara o carro ao detectar risco de perda de controle, como ao fechar vidros e teto solar e deixar os encostos mais à vertical.

Próxima parte

 

Fusion
Accord
Passat

 

O Accord acelerou mais rápido: de 0 a 100 em 7,3 segundos contra 7,7 do Passat e 9,9 do Fusion, que por outro lado é muito mais econômico

 

Desempenho e consumo

Torque ajuda, mas relação peso-potência ainda é determinante para o desempenho, como ficou claro em nossas medições. O Accord foi o mais rápido em aceleração, como de 0 a 100 km/h em 7,3 segundos ante 7,7 s do Passat e modestos 9,9 s do Fusion. A favor do VW estão o menor peso (133 kg a menos que no Honda e 171 kg abaixo do Ford) e o fato de motores turbo não perderem potência com a altitude, o que já faz certa diferença na região de teste, 600 metros acima do nível do mar.

Sem dispor de conversor de torque, que multiplicaria o torque nas arrancadas, a caixa do VW usa a mais alta rotação de estol (3.000 rpm ante 2.400 do Honda e só 1.200 do Ford) para ganhar desempenho. Nas saídas a pleno o Accord e o Passat destracionam ou invocam o controle de tração com mais facilidade, pela maior potência fornecida de modo mais abrupto. Mudanças automáticas de marcha são feitas a até 6.800 rpm no VW (600 rpm acima do pico de potência, definição típica para desempenho) e a até 6.500 no Honda (300 acima). O Ford, como típico CVT, sobe gradualmente até certa rotação e ali estaciona.

Nas retomadas, porém, a generosa curva de torque do alemão falou mais alto e garantiu-lhe melhores tempos em duas das três provas, aquelas concluídas a 120 km/h. O Hybrid foi mais uma vez o último colocado.

O troco do Fusion, como esperado, veio no consumo. É o carro mais econômico que já testamos com gasolina: 19,8 km/l no trajeto urbano leve, 9,7 no urbano exigente e 18,5 no rodoviário. São vantagens consistentes sobre os adversários, que ficaram ao redor de 12,5 km/l em rodovia, com marcas pouco melhores no Passat.

Quando se veem os resultados do Fusion, fica a pergunta: como estava a bateria ao começo e ao fim da medição? Afinal, se ela tivesse se descarregado, seria preciso consumir gasolina para a recarga. Mas não foi o caso: tanto pela regeneração de energia nas descidas (e frenagens no caso dos trajetos urbanos) quanto pela aplicação automática do motor a combustão quando necessário, o Ford terminou os percursos com o indicador de carga praticamente onde estava ao iniciá-los.

A economia do Hybrid representa grande autonomia, mesmo com o pequeno tanque de 53 litros da versão: mais de 880 km nos dois percursos mais leves. Mas os concorrentes são também muito bons nesse quesito, capazes de mais de 600 km nos mesmos trajetos.

 

Fusion Accord Passat
Aceleração
0 a 100 km/h 9,9 s 7,3 s 7,7 s
0 a 120 km/h 13,3 s 9,9 s 10,1 s
0 a 400 m 16,7 s 15,8 s 16,3 s
Retomada
60 a 100 km/h* 7,5 s 5,2 s 5,3 s
60 a 120 km/h* 9,3 s 8,1 s 7,6 s
80 a 120 km/h* 8,6 s 6,3 s 6,1 s
Consumo
Trajeto leve em cidade 19,8 km/l 10,5 km/l 11,5 km/l
Trajeto exigente em cidade 9,7 km/l 5,4 km/l 6,1 km/l
Trajeto em rodovia 18,5 km/l 12,4 km/l 12,9 km/l
Autonomia
Trajeto leve em cidade 945 km 614 km 683 km
Trajeto exigente em cidade 463 km 316 km 362 km
Trajeto em rodovia 882 km 725 km 766 km
Testes com gasolina; *com reduções automáticas; melhores resultados em negrito; conheça nossos métodos de medição

 

Dados dos fabricantes

Fusion Accord Passat
Velocidade máxima ND 246 km/h
Aceleração de 0 a 100 km/h ND 6,7 s
Consumo em cidade 16,8 km/l 7,8 km/l 10,4 km/l
Consumo em rodovia 18,3 km/l 12,0 km/l 12,9 km/l
Consumo de gasolina conforme padrões do Inmetro

 

 

Fusion
Accord
Passat

 

A arquitetura dos três sedãs tem semelhanças técnicas, mas nessas versões os motores empregados recorrem a soluções bem diversas

 

Comentário técnico

• O Fusion usa um motor da série Duratec (conhecida de longa data em Ecosport e Focus por aqui), mas adaptado ao ciclo Atkinson. Por meio de maior tempo de abertura da válvula de admissão, o motor em seu ciclo de compressão encontra tal válvula ainda aberta quando o pistão começa a subir. Isso faz com que parte da mistura ar-combustível admitida seja empurrada de volta para o coletor de admissão, fora do cilindro, o que aumenta a eficiência (reduz o consumo), mas implica perda de potência em relação ao ciclo Otto. A taxa de compressão é das mais altas para motores sem injeção direta, 12,3:1.

• A ele vem associado um motor elétrico síncrono de ímã permanente, que retira energia da bateria de íon de lítio com capacidade de 1,4 kWh. É bem menos que em um híbrido de recarga externa (plug-in), como o Fusion Energi oferecido nos EUA: nessa versão a bateria de 7,6 kWh permite rodar 34 km em modo elétrico. A potência da bateria (35 kW) e a velocidade máxima em modo elétrico (137 km/h) são as mesmas nas duas versões.

• O V6 do Accord é da série J, em uso desde os anos 90, mas aprimorado com desativação de três cilindros em condições de baixa demanda por potência. Como é frequente na Honda, cada cabeçote tem apenas uma árvore de comando para as válvulas de admissão e escapamento.

• O motor EA888 do Passat, o mesmo do Golf GTI, traz evoluções sobre o do modelo anterior como cabeçote, gerenciamento térmico e variação do levantamento das válvulas de escapamento entre dois estágios, o mesmo sistema Valvelift da Audi. Injeções direta e indireta de gasolina são usadas, de acordo com as condições, e há parada/partida automática. A transmissão automatizada DSG tem dupla embreagem em banho de óleo.

• Os três carros seguem os conceitos de suspensão mais comuns em modelos superiores hoje: McPherson na frente, multibraço atrás. Para o Accord isso é novidade, pois até a geração anterior ele usava braços sobrepostos na dianteira — solução tecnicamente mais avançada.

• O Passat adotou a plataforma MQB (matriz modular transversal), como a do Golf, e obteve redução de peso da carroceria em 24 kg com uso de aço formado a quente. Nas suspensões a VW empregou aço de alta resistência nas ligações transversais e alumínio nos pivôs. O controle eletrônico dos amortecedores é inédito no modelo, no Brasil, e os pneus têm um selante interno que veda furos de até 5 mm de diâmetro.

Próxima parte

 

Fusion
Accord
Passat

 

Ford e Honda custam quase o mesmo, e o VW, cerca de 15% a mais que eles; ao comparar equipamentos, o segundo fica em desvantagem

 

Preços

Fusion Accord Passat
Sem opcionais R$ 160.900 R$ 162.500 R$ 177.432
Como avaliado R$ 160.900  R$ 162.500 R$ 183.232
Completo R$ 162.200  R$ 162.500 R$ 185.943
Preços públicos sugeridos vigentes em 13/7/17; menores preços em destaque; consulte os sites: Fusion, Accord e Passat

 

Custo-benefício

Tanto o Fusion Hybrid quanto o Accord são vendidos com conteúdo fechado, que não admite opcionais, e por preços próximos (R$ 1,6 mil a mais no Honda). Para o Passat há duas versões e recebemos a superior Highline, que passa de R$ 183 mil com o único opcional disponível — teto solar, item de série nos oponentes. Assim, quem quiser o VW nessa opção precisará gastar de R$ 20,7 mil a R$ 22,3 mil a mais que na compra dos rivais.

Na comparação de equipamentos, Fusion e Passat acrescentam ao Accord controlador de distância à frente e assistente de faróis, entre outros itens. O Ford tem ainda bolsas infláveis de joelhos, cintos infláveis e sistema de estacionamento. Assim, o carro de marca norte-americana traz maior conteúdo por valor próximo ao da japonesa e muito menor que o da alemã.

 

Fusion
Accord
Passat

 

Apesar do excelente consumo, o Fusion Hybrid perde em desempenho, espaço para bagagem e sensações ao dirigir em relação ao Ecoboost

 

Escolher um carro, porém, vai muito além de equipamentos. Como as notas abaixo revelam, o Fusion foi o melhor em consumo e segurança passiva; o Passat, em posição de dirigir, instrumentos, suspensão e estabilidade; e o Accord em nenhum quesito. As piores avaliações em porta-malas, motor, desempenho, transmissão e visibilidade foram do Ford; em instrumentos, itens de conveniência e suspensão, do Honda; e o VW nunca ficou isolado com a nota mais baixa.

 

 

Antes mesmo de ler a média final, percebe-se que o Passat ficou em melhor posição e que o Fusion deixou a desejar em alguns aspectos associados à versão híbrida. Embora a consciência ambiental pelo menor consumo de combustível (que se traduz em menor emissão de gás carbônico, CO2) tenha seu valor, de resto o Hybrid não convence muito: tem desempenho bem abaixo dos rivais, perde qualquer indício de esportividade e oferece espaço de bagagem insatisfatório. O Ford teria se saído melhor na versão Ecoboost, que em 2013 venceu um comparativo de cinco modelos, incluindo o Passat da época.

E quanto aos demais? O Honda tem um motor empolgante e bom nível de conforto, mas pode melhorar em acerto de suspensão e itens de conveniência e segurança. Como aliar seus atributos à correção de seus pontos negativos? Opte pelo Passat, que fica perto do Fusion em equipamentos e do Accord em desempenho, além de superá-los em suspensão. Um carro que conquista quem dirige e combina muito bem as qualidades esperadas de um sedã executivo — e por isso, embora mais caro, termina o confronto em primeiro lugar.

Mais Avaliações

 

Nossas notas

Fusion Accord Passat
Estilo 4 4 4
Acabamento 4 4 4
Posição de dirigir 4 4 5
Instrumentos 4 3 5
Itens de conveniência 5 4 5
Espaço interno 4 4 4
Porta-malas 3 5 5
Motor 4 5 5
Desempenho 4 5 5
Consumo 5 3 3
Transmissão 4 5 5
Freios 5 5 5
Direção 4 4 4
Suspensão 4 3 5
Estabilidade 4 4 5
Visibilidade 3 4 4
Segurança passiva 5 4 4
Custo-benefício 4 4 4
Média 4,11 4,11 4,50
Posição 2º. 2º. 1º.
As notas vão de 1 a 5, sendo 5 a melhor; conheça nossa metodologia

 

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Fusion Accord Passat
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Ficha técnica

Fusion Accord Passat
Motor
Posição transversal
Cilindros 4 em linha 6 em V 4 em linha
Material do bloco/cabeçote alumínio ferro fundido/ alumínio
Comando de válvulas duplo no cabeçote nos cabeçotes duplo no cabeçote
Válvulas por cilindro 4, variação de tempo 4, variação de tempo e levantamento
Diâmetro e curso 87,5 x 83,1 mm 89 x 93 mm 82,5 x 92,8 mm
Cilindrada 1.999 cm³ 3.471 cm³ 1.984 cm³
Taxa de compressão 12,3:1 10,5:1 9,6:1
Alimentação injeção multiponto sequencial injeções direta e multiponto sequencial, turbo, resfriador de ar
Potência máxima 143 cv a 6.000 rpm 280 cv a 6.200 rpm 220 cv de 4.500 a 6.200 rpm
Torque máximo 17,8 m.kgf a 4.000 rpm 34,6 m.kgf a 4.900 rpm 35,7 m.kgf de 1.500 a 4.400 rpm
Potência específica 71,5 cv/l 80,7 cv/l 110,9 cv/l
Motor elétrico
Potência máxima 120 cv NA
Potência combinada 191 cv NA
Torque máximo 24,5 m.kgf NA
Transmissão
Tipo de caixa e marchas automática de variação contínua automática, 6 automatizada de dupla embreagem, 6
Relação e velocidade por 1.000 rpm
1ª. ND 3,36 / 10 km/h 2,93 / 9 km/h
2ª. 2,10 / 15 km/h 1,79 / 15 km/h
3ª. 1,49 / 22 km/h 1,13 / 24 km/h
4ª. 1,07 / 30 km/h 0,77 / 35 km/h
5ª. 0,75 / 43 km/h 0,81 / 46 km/h
6ª. 0,56 / 57 km/h 0,64 / 58 km/h
Relação de diferencial 2,57 3,94 4,77 e 3,44*
Regime a 120 km/h ND 2.100 rpm (6ª.)
Regime à vel. máx. informada ND 5.350 rpm (5ª.)
Tração dianteira
* O segundo diferencial aplica-se a 5ª. e 6ª. marchas
Freios
Dianteiros a disco ventilado (300 mm ø) a disco ventilado (292 mm ø) a disco ventilado (310 mm ø)
Traseiros a disco (302 mm ø) a disco (282 mm ø) a disco (300 mm ø)
Antitravamento (ABS) sim
Direção
Sistema pinhão e cremalheira
Assistência elétrica
Diâmetro de giro ND 11,6 m 11,7 m
Suspensão
Dianteira independente, McPherson, mola helicoidal
Traseira independente, multibraço, mola helicoidal
Estabilizador(es) dianteiro e traseiro
Rodas
Dimensões 8 x 18 pol 18 pol 8 x 18 pol
Pneus 235/45 R 18  Y 235/45 R 18  W
Dimensões
Comprimento 4,871 m 4,91 m 4,767 m
Largura 1,911 m 1,85 m 1,832 m
Altura 1,484 m 1,475 m 1,476 m
Entre-eixos 2,85 m 2,775 m 2,791 m
Bitola dianteira 1,593 m 1,58 m 1,581 m
Bitola traseira 1,585 m 1,59 m 1,565
Coeficiente aerodinâmico (Cx) ND 0,28
Capacidades e peso
Tanque de combustível 53 l 65 l 66 l
Compartimento de bagagem 392 l 506 l 586 l
Peso em ordem de marcha 1.670 kg 1.632 kg 1.499 kg
Relação peso-potência 8,7 kg/cv 5,8 kg/cv 6,8 kg/cv
Garantia
Prazo 3 anos sem limite de quilometragem
Carros avaliados
Ano-modelo 2017 2016
Pneus Goodyear Efficient Grip Yokohama Advan DB Continental Conti Sport Contact 5
Quilometragem inicial 4.000 km 6.000 km 9.000 km
Dados dos fabricantes; NA = não aplicável; ND = não disponível

 

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