Auto Livraria Best Cars
  • Catálogos
    • Alfa Romeo e FNM
    • BMW
    • Chevrolet / GM
    • DKW-Vemag
    • Chrysler, Dodge e Jeep
    • Ferrari
    • Fiat
    • Ford
    • Mercedes-Benz
    • Mitsubishi
    • Porsche
    • Scania
    • Simca
    • Toyota
    • Volkswagen
    • Volvo
    • Outras marcas
  • Livros
  • Manuais
  • Quadros
    • Alfa Romeo e FNM
    • Audi
    • BMW
    • Chevrolet
    • Chrysler, Dodge e Jeep
    • DKW-Vemag
    • Ferrari
    • Fiat
    • Ford
    • Honda (automóveis)
    • Honda (motos)
    • Land Rover
    • Mercedes-Benz
    • Mitsubishi
    • Porsche
    • Scania
    • Simca
    • Toyota
    • Volkswagen
    • Volvo
    • Willys-Overland
    • Yamaha
    • Outras marcas
    • Outras motos
    • Outros caminhões
  • Revistas
    • Auto Esporte
    • Motor 3
    • Oficina Mecânica
    • Quatro Rodas
    • Outras revistas nacionais
    • Revistas importadas
  • Avaliações
    • Avaliações
    • Comparativos
    • Guias de Compra
    • Os melhores nos testes
  • Passado
  • Arquivo
    • Colunas
    • Consultório Técnico
    • Curiosidades
    • Notícias
    • Supercarros
    • Técnica
    • Teste do Leitor – carros
    • Teste do Leitor – motos
  • Escreva-nos
No Result
View All Result
Auto Livraria Best Cars
No Result
View All Result
Home Informe-se Colunas Carro, Micro & Macro

Com o álcool na gasolina, ganhamos ou perdemos?

30/05/2017
in Carro, Micro & Macro

Carro Micro e Macro

A histórica mistura de combustíveis fez e faz muito bem aos usineiros, mas causa prejuízos ao consumidor e ao País

 

A adição de álcool à gasolina é assunto para infindáveis discussões ao redor de mesas de bar, salas acarpetadas de órgãos do governo e laboratórios da indústria automobilística. O tempo passou e o petróleo custa hoje, em valor presente, o mesmo que em 1971, dois anos antes do primeiro choque. Por que o Proálcool — o programa de incentivo ao álcool combustível —, apesar de oficialmente extinto em 1990, persegue-nos como uma sombra?

Não há como dissociar o uso do álcool, como combustível ou parte dele, do poder dos usineiros. Há quem divida essa história em cinco etapas: experimentação (1923 a 1974), primeira fase do Proálcool (1975 a 1980), segunda fase (1981 a 1988), crise de confiança (1989 a 2003) e renascimento (2004 ao presente). Não há erro no primeiro número acima: usa-se álcool hidratado como combustível desde 1923, quando um Ford Modelo T assim movido participou de uma corrida.

Em 1933, como os preços do açúcar derrubados pela recessão de 1929 não reagiam, fundou-se o Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA) para regular sua produção e preços. Esgotou-se o estoque fermentando-o, destilando-o e obrigando os importadores de gasolina a adicioná-lo na proporção de 5%. Na Segunda Guerra Mundial a adição atingiu 42%! Em 1945 essa percentagem passou a variar consoante as necessidades de regulação regional dos excedentes de açúcar, a ponto de se manter ao redor dos 40% no Nordeste, com graves consequências em desempenho e durabilidade para os motores.

 

Graças a subsídios, a produção de carros movidos a álcool chegou a 90% entre 1985 e 1989: sobrou gasolina, que era exportada a preços vis e diluída no diesel

 

O motor flexível, em 2003, representou nova fase para o álcool depois da quebra de confiança
O motor flexível, em 2003, representou nova fase para o álcool depois da quebra de confiança

No pós-guerra o IAA deixou de regular a proporção, mas não impediu a adição de álcool anidro. Isso desorganizou o mercado, que ficou à mercê das negociações entre distribuidoras e usineiros. Entre 1966 e 1969 o teor foi em média de 13,5%, mas declinante para dar espaço às exportações de açúcar. É que, em 1961, herdamos as cotas de exportação de Cuba para os Estados Unidos.

Em 1972, só São Paulo exportou 3,2 milhões de toneladas, volume que caiu para 1,2 milhão em 1974 graças a uma campanha contra o produto operada por Richard Nixon. O preço do açúcar despencou 70% e muitas usinas teriam de fechar as portas. O que salvou o setor foi a crise do petróleo, desculpa para a implantação em 1975 do Proálcool, que elevou para 15% a adição à gasolina.

As usinas de açúcar ainda viam o produto como marginal, não como coproduto ou foco principal. Isso mudou no início dos anos 80 com as primeiras destilarias. Foi então que essa proporção fixou-se em 20%. Graças aos subsídios de até 30% do preço, a produção de carros movidos a álcool chegou a 90% entre 1985 e 1989. Sendo quase impossível variar a proporção dos coprodutos na refinaria, sobrou gasolina, que era exportada a preços vis e diluída no diesel.

O percentual de mistura baixou apenas durante a crise de confiança na virada para os anos 90 — chegou a quase zero, sendo muitas vezes substituída pelo metanol importado. É que o preço do açúcar subiu e as destilarias adaptaram-se para produzi-lo, num movimento contrário ao da década anterior. Alguns leitores devem lembrar-se na falta de álcool nos postos e das conversões dos motores de volta à gasolina.

Com a extinção do IAA em 1990, seguiu-se um período de extrema desorganização no setor sucroalcooleiro, com grande volatilidade de preços do açúcar e sem um órgão regulatório, até que os usineiros de São Paulo constituíram o Consecana (Conselho de Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Etanol do Estado de São Paulo). Ao estabelecer os preços pagos pela cana, ele consolidava o poder de monopsônio — contrário do monopólio —, que repassava aos fazendeiros parte do risco pela variação do preço do produto final. Mesmo assim, não se deixou de adicionar álcool à gasolina.

A taxa subiu em 2004 com o renascimento do álcool, ocasionado pela introdução dos veículos flexíveis em combustível. Antes, a gasolina era produto complementar do carro a gasolina e o álcool do carro a álcool. Com a flexibilidade, ambos passaram a competir diretamente entre si. Assim, se o preço da gasolina subir, os consumidores migram para o álcool, cujo preço também sobe — e acaba por se estabilizar em patamar equivalente à diferença de eficiência entre os combustíveis.

 

 

A adição prejudica a Petrobras

É justamente a menor eficiência dos motores flexíveis, comparada à dos monocombustíveis, que ensejou novamente o subsídio. Enquanto o álcool abastecia motores próprios, com taxa de compressão mais alta, a eficiência (rendimento em km/l, por exemplo) atingia 85% da obtida com gasolina. Com a flexibilização, caiu para 70%, numa perda de valor criado de 17,7% (70 divididos por 85) em relação à gasolina. Inúmeras medidas provisórias foram editadas para compensar essa perda via renúncia fiscal. A lei pertinente em vigor é a 12.865/2013.

Apesar de a adição ocorrer nas distribuidoras, a Petrobras é prejudicada de duas formas: perda de faturamento com produto próprio e por ser a liquidante dos papéis do agronegócio emitidos pelas usinas. Explicar todos esses papéis requer uma matéria à parte. Basta saber que eles permitem que as usinas e os produtores independentes de cana busquem financiamento no mercado extrabancário — e quem os garante é a Petrobras. Claro que essas garantias reduzem a possibilidade de ela própria buscar dinheiro mais barato no mercado, o que diminui sua margem operacional. Aí vem outra caixa-preta (leia coluna anterior): o valor contratado do álcool anidro costuma ser desproporcionalmente maior que o do hidratado.

Em todo o período a prática serviu de medida anticíclica para o preço do açúcar, o que se agravou desde 1975 — ponto em que o Brasil tornou-se o maior produtor e exportador mundial do produto, com 30% do mercado internacional. É que o Brasil passou também a ser um dos maiores produtores e consumidores de petróleo do mundo, com uma frota com motores ciclo-Otto de 29 milhões de unidades, que consome 41 bilhões de litros de gasolina ao ano.

 

Se o preço do açúcar cai no mercado internacional, surge gritaria para que a adição de álcool à gasolina suba, para voltar a baixar quando o preço da sacarose subir no mercado externo

 

Somando-se o tamanho da frota, a tecnologia flexível e a hegemonia brasileira no mercado de açúcar, a adição de álcool consolidou-se como uma grande válvula de escape para os riscos dos usineiros — mas acarretou grave perdas ao consumidor e ao País como um todo. Basta que o preço do açúcar caia no mercado internacional para que haja uma gritaria para que a adição suba, para voltar a baixar quando o preço da sacarose sobe no mercado externo.

O Brasil dita o preço do açúcar porque é hegemônico. Nossas exportações giram em torno de 35 milhões de toneladas — o segundo lugar é da Índia, com 14 milhões, seguida pela Austrália com 8 milhões de toneladas. Resumindo, a adição de álcool à gasolina brasileira regula o preço mundial do açúcar.

Na verdade, o incesto entre a Petrobras e as usinas impede que haja uma concorrência sadia entre combustíveis. Um exemplo é o diesel de cana-de-açúcar, que é mais eficiente que o de petróleo, usa a mesma tecnologia produtiva que o álcool, e mesmo assim não evolui. Por quê? Nem os usineiros gostariam de concorrer com a Petrobras, nem esta última quer ter um combustível limpo como competidor.

Esse incesto também faz pensar que são os usineiros os últimos a querer a privatização da indústria do petróleo. O álcool que excede o destinado à adição à gasolina é uma cruz que nem todos os investidores gostariam de carregar.

Coluna anterior

A coluna expressa as opiniões do colunista e não as do Best Cars

 

Tags: álcoolCarro Micro e Macrocolunascombustivel

Related Posts

O Nobel de Economia e a indústria de automóveis
Carro, Micro & Macro

Brasil sem fabricantes de automóveis, doce ilusão

28/05/2021
O Nobel de Economia e a indústria de automóveis
Carro, Micro & Macro

Indústria de automóveis e aporte de capital, uma luz no fim do túnel

14/05/2021
O Nobel de Economia e a indústria de automóveis
Carro, Micro & Macro

Álcool: da fazenda aos postos, a saga continua

30/04/2021
O Nobel de Economia e a indústria de automóveis
Carro, Micro & Macro

Fábricas ou montadoras: afinal, o que faz a indústria de automóveis?

16/04/2021
O Nobel de Economia e a indústria de automóveis
Carro, Micro & Macro

Indústria de automóveis: será que Trump vai deixar saudades?

01/04/2021

Novidades da Auto Livraria

VW Gol: catálogos de “bola” e G3, incluindo o GTI 16V
Auto Livraria - Volkswagen

VW Gol: catálogos de “bola” e G3, incluindo o GTI 16V

Prospectos de versões CL, GL, GLS, GTI 16V e outras dos anos de 1996 a 2001 - a partir de...

11/07/2025
Ford Escort: revistas com Ghia, XR3 e mais da primeira geração
Auto Livraria - Ford

Ford Escort: revistas com Ghia, XR3 e mais da primeira geração

Quatro Rodas com testes e histórias de várias versões de 1983 a 1985 - a partir de R$ 19

11/07/2025

Quadros decorativos

Chevrolet Omega: quadros com CD, Suprema, V6 e até Lotus
Auto Livraria - Chevrolet

Chevrolet Omega: quadros com CD, Suprema, V6 e até Lotus

Propagandas e matérias do sedã e da Suprema em quadros decorativos - a partir de R$ 49

10/07/2025
VW Kombi: quadros da “corujinha” aos modelos recentes
Auto Livraria - Volkswagen

VW Kombi: quadros da “corujinha” aos modelos recentes

Quadros decorativos das décadas de 1960 a 2000 com matérias e propagandas - a partir de R$ 59

08/07/2025

Destaques em revistas

Quatro Rodas de 1980 a 1984: Monza, Escort XR3, Santana e mais
Revista Quatro Rodas

Quatro Rodas de 1980 a 1984: Monza, Escort XR3, Santana e mais

Revistas com os "carros mundiais" e testes de modelos de longa tradição - a partir de R$ 19

08/07/2025
Quatro Rodas de 1975 a 1979: Opala, Landau, Dodge, 147 e mais
Revista Quatro Rodas

Quatro Rodas de 1975 a 1979: Opala, Landau, Dodge, 147 e mais

Grandes carros e motos em testes, corridas e edições especiais dos anos 1970 - a partir de R$ 19

07/07/2025
  • Canal no Whatsapp
  • Instagram
  • Política de privacidade
No Result
View All Result
  • Catálogos
    • Alfa Romeo e FNM
    • BMW
    • Chevrolet / GM
    • DKW-Vemag
    • Chrysler, Dodge e Jeep
    • Ferrari
    • Fiat
    • Ford
    • Mercedes-Benz
    • Mitsubishi
    • Porsche
    • Scania
    • Simca
    • Toyota
    • Volkswagen
    • Volvo
    • Outras marcas
  • Livros
  • Manuais
  • Quadros
    • Alfa Romeo e FNM
    • Audi
    • BMW
    • Chevrolet
    • Chrysler, Dodge e Jeep
    • DKW-Vemag
    • Ferrari
    • Fiat
    • Ford
    • Honda (automóveis)
    • Honda (motos)
    • Land Rover
    • Mercedes-Benz
    • Mitsubishi
    • Porsche
    • Scania
    • Simca
    • Toyota
    • Volkswagen
    • Volvo
    • Willys-Overland
    • Yamaha
    • Outras marcas
    • Outras motos
    • Outros caminhões
  • Revistas
    • Auto Esporte
    • Motor 3
    • Oficina Mecânica
    • Quatro Rodas
    • Outras revistas nacionais
    • Revistas importadas
  • Avaliações
    • Avaliações
    • Comparativos
    • Guias de Compra
    • Os melhores nos testes
  • Passado
  • Arquivo
    • Colunas
    • Consultório Técnico
    • Curiosidades
    • Notícias
    • Supercarros
    • Técnica
    • Teste do Leitor – carros
    • Teste do Leitor – motos
  • Escreva-nos

Consentimento de cookies

Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade. Clique em Aceitar para concordar com as condições ou Negar para não aceitar.

Funcional Sempre ativo
O armazenamento ou acesso técnico é estritamente necessário para a finalidade legítima de permitir a utilização de um serviço específico explicitamente solicitado pelo assinante ou utilizador, ou com a finalidade exclusiva de efetuar a transmissão de uma comunicação através de uma rede de comunicações eletrónicas.
Preferências
O armazenamento ou acesso técnico é necessário para o propósito legítimo de armazenar preferências que não são solicitadas pelo assinante ou usuário.
Estatísticas
O armazenamento ou acesso técnico que é usado exclusivamente para fins estatísticos. O armazenamento técnico ou acesso que é usado exclusivamente para fins estatísticos anônimos. Sem uma intimação, conformidade voluntária por parte de seu provedor de serviços de Internet ou registros adicionais de terceiros, as informações armazenadas ou recuperadas apenas para esse fim geralmente não podem ser usadas para identificá-lo.
Marketing
O armazenamento ou acesso técnico é necessário para criar perfis de usuário para enviar publicidade ou para rastrear o usuário em um site ou em vários sites para fins de marketing semelhantes.
Gerenciar opções Gerenciar serviços Manage {vendor_count} vendors Leia mais sobre esses propósitos
Ver preferências
{title} {title} {title}
Compre pelo Whatsapp