Diamante lapidado

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Tanto quanto o formato dos faróis, o novo Mercedes-Benz Classe E
atrai por inovações em segurança, conforto e comportamento

Texto: Fabiano Pereira e Fabrício Samahá - Fotos: divulgação

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Mesmo que não se identifique tanto com outros Mercedes, o desenho é imponente e de ótima aerodinâmica; os faróis abandonam a forma oval

Mais de 1,3 milhão de unidades vendidas desde o lançamento da geração anterior (em 2002), 40% de participação em seu segmento na Alemanha, acima de 10 milhões de exemplares desde o precursor 170V lançado em 1947: é com essa responsabilidade que a Mercedes-Benz desenvolveu a nova geração do Classe E, apresentada em janeiro no Salão de Detroit, nos Estados Unidos, e que agora chega ao Brasil.

No mercado nacional sua importância é menor, já que 84% das vendas de sedãs Mercedes são de Classe C, 12% de E e 4% de S. Mesmo assim, a marca conta com ele para atingir a expectativa de 5.000 unidades vendidas este ano entre todos os segmentos, ante 3.743 no ano passado e 2.636 carros em 2007. Nos cinco primeiros meses a empresa já registra crescimento de 35% sobre o mesmo período de 2008, sem contar o Smart, o que prova que a crise econômica não chega a certo patamar de mercado.

Por enquanto estão disponíveis o E 350, com motor V6 de 3,5 litros, em duas opções de acabamento (Avantgarde, ao preço sugerido de R$ 269.900, e Avantgarde Executive, a R$ 299.900), e o E 500 Avantgarde Executive, com o V8 de 5,5 litros, por R$ 375.000. Será boa a competição com BMW 530i (R$ 273.000 o Top, R$ 288.000 o Sport) e 550i (R$ 352.000 o Top, R$ 367.000 o Sport) e Audi A6 3,2 (R$ 278.308) e V8 4,2 (R$ 348.333), além do Volvo S80 (R$ 198.000 o de 3,2 litros, R$ 255.000 o V8 4,4) e do Lexus ES 350 (R$ 227.318). Até o fim do ano chega ao País o E 63 AMG, versão esportiva com motor V8 de 6,2 litros e 525 cv.

Como se espera, a dotação de equipamentos é muito elevada. Em termos de conforto o E 350 "de entrada" já vem com acabamento interno em madeira, ar-condicionado com três zonas de ajuste, regulagem elétrica de volante e bancos dianteiros (com memória para estes), sistema de áudio com disco rígido de 4 Gb, toca-DVDs no painel com espaço para seis discos, comandos acionados pela voz (em inglês) e teto solar. Pela segurança, traz oito bolsas infláveis (frontais, laterais dianteiras e traseiras e cortinas), faróis autodirecionais com lâmpadas de xenônio em ambos os fachos e comutação automática entre baixo e alto, rodas de 18 pol, encostos de cabeça dianteiros ativos, controle de estabilidade, auxílio ao estacionamento e os sistemas Pre-Safe e Attention Assist, de que falaremos adiante.

O Avantgarde Executive acrescenta fechamento automático da tampa do porta-malas, sistema de acesso e partida sem chave, persiana do vidro traseiro (elétrica) e dos laterais traseiros (manuais), sintonizador de TV, câmera traseira para orientar manobras, sistema de entretenimento traseiro (duas telas de 7 pol) e de áudio Harman-Kardon Logic 7. Por fim, além do motor mais potente, o E 500 adiciona suspensão pneumática e bancos dianteiros com contorno variável.

No desenho, o tema de quatro faróis introduzido no Classe E de 1995 com unidades ovaladas foi mantido, mas eles agora têm formas de diamantes. Como um todo, a carroceria está mais retilínea que nas duas gerações anteriores e traz maior número de vincos, em busca do aspecto robusto tão em voga. Um friso bem baixo contorna o carro, mas logo os olhos se fixam nos vincos dos para-lamas traseiros, inspirados nos da série Ponton dos anos 50. Um destaque é o coeficiente aerodinâmico (Cx) 0,25, dos mais baixos já vistos em carros de produção. Continua

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Data de publicação: 18/6/09

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