Mesmo que não se identifique
tanto com outros Mercedes, o desenho é imponente e de ótima aerodinâmica;
os faróis abandonam a forma oval |
Mais de 1,3 milhão de unidades vendidas desde o lançamento da geração
anterior (em 2002), 40% de participação em seu segmento na Alemanha,
acima de 10 milhões de exemplares desde o precursor
170V lançado em 1947: é com essa
responsabilidade que a Mercedes-Benz desenvolveu a nova geração do
Classe E, apresentada em janeiro no Salão de Detroit, nos Estados
Unidos, e que agora chega ao Brasil.
No mercado nacional sua importância é menor, já que 84% das vendas de
sedãs Mercedes são de Classe C, 12% de E
e 4% de S. Mesmo assim, a marca conta com ele para atingir a expectativa
de 5.000 unidades vendidas este ano entre todos os segmentos, ante 3.743
no ano passado e 2.636 carros em 2007. Nos cinco primeiros meses a
empresa já registra crescimento de 35% sobre o mesmo período de 2008,
sem contar o Smart, o que prova que a
crise econômica não chega a certo patamar de mercado.
Por enquanto estão disponíveis o E 350, com motor V6 de 3,5 litros, em
duas opções de acabamento (Avantgarde, ao preço sugerido de R$ 269.900,
e Avantgarde Executive, a R$ 299.900), e o E 500 Avantgarde Executive,
com o V8 de 5,5 litros, por R$ 375.000. Será boa a competição com BMW
530i (R$ 273.000 o Top, R$ 288.000 o Sport) e
550i (R$ 352.000 o Top, R$
367.000 o Sport) e Audi A6 3,2 (R$
278.308) e V8 4,2 (R$ 348.333), além do
Volvo S80 (R$ 198.000 o de 3,2
litros, R$ 255.000 o V8 4,4) e do Lexus
ES 350 (R$ 227.318). Até o fim do ano chega ao País o
E 63 AMG, versão
esportiva com motor V8 de 6,2 litros e 525 cv.
Como se espera, a dotação de equipamentos é muito elevada. Em termos de
conforto o E 350 "de entrada" já vem com acabamento interno em madeira,
ar-condicionado com três zonas de ajuste, regulagem elétrica de volante
e bancos dianteiros (com memória para estes), sistema de áudio com disco
rígido de 4 Gb, toca-DVDs no painel com espaço para seis discos,
comandos acionados pela voz (em inglês) e teto solar. Pela segurança,
traz oito bolsas infláveis (frontais, laterais dianteiras e traseiras e
cortinas), faróis autodirecionais com
lâmpadas de xenônio em ambos os fachos e
comutação automática entre baixo e alto, rodas de 18 pol,
encostos de cabeça dianteiros ativos,
controle de estabilidade, auxílio ao
estacionamento e os sistemas Pre-Safe e Attention Assist, de que
falaremos adiante.
O Avantgarde Executive acrescenta fechamento automático da tampa do
porta-malas, sistema de acesso e partida sem chave, persiana do vidro
traseiro (elétrica) e dos laterais traseiros (manuais), sintonizador de
TV, câmera traseira para orientar manobras, sistema de entretenimento
traseiro (duas telas de 7 pol) e de áudio Harman-Kardon Logic 7. Por fim,
além do motor mais potente, o E 500 adiciona suspensão pneumática e
bancos dianteiros com contorno variável.
No desenho, o tema de quatro faróis introduzido no Classe E de 1995 com
unidades ovaladas foi mantido, mas eles agora têm formas de diamantes.
Como um todo, a carroceria está mais retilínea que nas duas gerações
anteriores e traz maior número de vincos, em busca do aspecto robusto
tão em voga. Um friso bem baixo contorna o carro, mas logo os olhos se
fixam nos vincos dos para-lamas traseiros, inspirados nos da série
Ponton dos anos 50. Um destaque é o coeficiente aerodinâmico (Cx)
0,25, dos mais baixos já vistos em carros de produção.
Continua |