Fiat Toro em dose dupla enfrenta Renault Oroch

As versões Freedom de 1,75 e 2,4 litros da picape da Fiat, comparadas entre si e à adversária da Renault

Texto e fotos: Fabrício Samahá

 

Em pouco mais de um ano, mudou tudo no mercado nacional para quem busca uma picape de médio porte. Nada existia entre as pequenas (Fiat Strada, VW Saveiro) e as médias com chassi (Chevrolet S10, Toyota Hilux, etc.) até setembro de 2015, quando a Renault inovou com a Duster Oroch. Como as menores, ela tinha plataforma de automóvel e dimensões coerentes com o uso nas grandes cidades; como as maiores, oferecia quatro portas convencionais em uma cabine espaçosa.

O reinado da Oroch, porém, foi breve. Em fevereiro seguinte a Fiat respondia com a Toro, maior, com desenho moderno e dotada de transmissão automática desde a versão de entrada com motor flexível. A Renault contra-atacava em junho com o mesmo tipo de caixa para sua picape, que tinha a vantagem do melhor desempenho — não se considere aqui a Toro turbodiesel, que compete em outra faixa de preço.

 

Toro 1,75
Toro 2,4
Duster Oroch

 

Fiat Toro Freedom 1,75 Fiat Toro Freedom 2,4 Renault Duster Oroch Dynamique
4,92 m 4,92 m 4,69 m
1,75 litro 2,4 litros 2,0 litros
135/139 cv 174/186 cv 143/148 cv
R$ 88.628 R$ 112.685 R$ 85.780
Preços públicos sugeridos, em reais, para os carros avaliados, com possíveis opcionais

 

Cenário definido? Nada disso: em novembro passado a Fiat lançava o motor Tigershark de 2,4 litros para a Toro, mais potente que o da adversária, associado a uma caixa automática de nove marchas. Foram tantas novidades consecutivas que o comprador pode estar com uma grande indecisão. Para acabar com ela, o Best Cars colocou a Oroch lado a lado com as duas Toros — a de 1,75 e a de 2,4 litros —, todas com transmissão automática e tração apenas dianteira.

Como elas estão nos quatro “Ps” que definem nossos comparativos?

 

 

Equivalem-se em proposta de uso: picapes de cabine dupla e quatro portas com vocação variada, aptas ao trânsito urbano, viagens e tráfego fora de estrada sem grandes exigências. Em porte, a Toro mede 22 centímetros a mais em comprimento e 16 cm a mais em distância entre eixos que a Oroch: apesar das diferenças consideráveis, ainda são as únicas opções intermediárias do mercado entre as pequenas e as médias tradicionais.

Com potência de 143 cv com gasolina e 148 com álcool, o motor de 2,0 litros da Renault fica pouco acima do 1,75 da Fiat (135/139 cv), mas bem aquém do 2,4 (174/186 cv). Enfim, em preço a grande rivalidade é mesmo entre a Oroch Dynamique (R$ 80,6 mil com caixa automática e R$ 85,8 mil como avaliada) e a Toro Freedom 1,75 (que parte de R$ 84,6 mil com tal transmissão e custava R$ 88,6 mil com os opcionais da nossa). Mas vale compará-las à versão de 2,4 litros da Fiat (preço básico de R$ 98,7 mil; como avaliada, R$ 112,7 mil) para saber até que ponto vale pagar mais por atributos como desempenho superior.

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Toro 1,75
Toro 2,4
Duster Oroch

 

O desenho ousado da Toro (igual nas duas versões, salvo pelas rodas maiores na 2,4) deixa superada a Oroch em comparação

 

Concepção e estilo

Não foi a Renault quem inventou a picape derivada de utilitário esporte com estrutura monobloco: há exemplos antigos desse conceito lá fora em outras marcas, como o Jeep Comanche de 1986, baseado no primeiro Cherokee. Em análise mais ampla e com carroceria sobre chassi, até a picape Willys que foi fabricada aqui (mais tarde como Ford F-75) com base na perua Rural poderia ser citada. Mas, a seu tempo e no Brasil, a ideia da Oroch foi realmente diferente.

Desenvolvida aqui, a picape deriva do Duster lançado em 2010 na Europa pela Dacia, subsidiária romena de carros de baixo custo do grupo. Também foi feita para nosso mercado a Toro, que se baseia na plataforma ampliada do Jeep Renegade, modelo de 2014 em âmbito mundial.

 

Toro 1,75
Toro 2,4
Duster Oroch

 

A Renault foi a primeira aqui a fazer aqui uma picape monobloco derivada de utilitário esporte, conceito que há tempos tem representantes no exterior

 

Embora pouco mais antiga, a Oroch envelhece ao lado da Toro. Mesmo com para-lamas bojudos e imponentes, suas linhas perdem apelo diante das formas arrojadas da picape Fiat, que sobressai com a frente de luzes em dois níveis, com charmosos leds na parte superior, e o perfil longilíneo da carroceria. Nenhum dos fabricantes informa o coeficiente aerodinâmico (Cx), mas seria de se esperar melhor resultado na Toro pelo perfil suave e elementos como o para-brisa mais inclinado.

 

Pouco mais antiga, a Oroch envelhece ao lado da Toro: as formas arrojadas da picape Fiat sobressaem com a frente de luzes em dois níveis e o perfil longilíneo

 

Conforto e conveniência

O ambiente interno da Toro é superior em aspecto e desenho, mas os plásticos são rígidos e simples como os da Oroch. A versão 1,75 tinha bancos revestidos em tecido espartano e volante de plástico, enquanto a 2,4 e a concorrente vieram com couro de bom padrão em ambos os itens. O motorista das Fiats ainda dispõe de banco mais confortável e com maior apoio para coxas (embora devesse ter mais apoio lombar ou sua regulagem), volante ajustável também em distância (na Renault, só em altura) e melhor apoio para o pé esquerdo.

Nos quadros de instrumentos, de fácil leitura, o das Toros traz informações adicionais: velocímetro digital, tensão da bateria, horas de funcionamento do motor e temperaturas do líquido de arrefecimento, do óleo lubrificante e da transmissão. A 2,4 mostra ainda pressão dos pneus, medida por um sistema preciso que reconhece variações antes mesmo de rodar (não é baseado, portanto, nos sensores de rotação dos freios antitravamento). Só o computador de bordo da Fiat tem duas medições.

 

Toro 1,75
Toro 2,4
Duster Oroch

 

O interior da Toro tem melhor aspecto, sobretudo com os bancos e volante de couro da 2,4; a Oroch é mais simples nas formas, embora similar em materiais

 

Vantagem da Oroch é o sistema de áudio e navegação com ampla tela sensível ao toque de sete polegadas (ante 5 pol da Toro 2,4) e resolução superior, mas em posição baixa e sujeita a reflexos. Ambas têm qualidade de áudio razoável, entradas USB e auxiliar e interface Bluetooth, além de comandos atrás do volante (Fiat) ou junto dele (Renault). A Toro 1,75 veio com um simples aparelho de áudio, o mesmo do Uno, com qualidade sonora modesta e sem comandos no volante. Nenhuma tem toca-CDs.

 

 

Nas duas versões, o conteúdo da Toro sobressai em itens como alarme volumétrico (ultrassom), alerta para uso de cinto também pelo passageiro, apoios centrais de braço à frente e atrás, assento rebatível do passageiro para objetos, assistente para saída em rampa, aviso específico de qual porta está mal fechada (geral na Renault), comando a distância para abrir e fechar vidros, faróis e limpador de para-brisa automáticos, para-sóis com espelhos iluminados (a rival nem mesmo tem tampa para o espelho do passageiro), porta-óculos, quatro luzes de leitura (na Oroch só uma, mais a luz de cortesia central), rebatimento elétrico dos retrovisores externos, retrovisor interno fotocrômico, tomada USB no console para os passageiros de trás (a de 12 volts vem também na concorrente) e vidros traseiros que descem por inteiro.

 

Toro 1,75
Toro 2,4
Duster Oroch

Bancos dianteiros, ajustes de volante e espaço para pernas atrás favorecem as picapes da Fiat; todas são limitadas em largura para três adultos na traseira

 

A versão 2,4 tem ainda ar-condicionado automático de duas zonas, câmera traseira de manobras e preaquecimento de álcool para partida a frio — as outras ainda usam tanque auxiliar de gasolina. Em resposta, a Oroch traz apenas maçanetas internas cromadas (mais fáceis de localizar à noite) e mola a gás para sustentar o capô. Bons recursos em comum passam por ajuste elétrico dos retrovisores, controlador e limitador de velocidade, controle elétrico de vidros com função um-toque para todos (novidade na Oroch 2017) e temporizador e sensores de estacionamento na traseira.

O que poderia ser melhor? Nas Fiats falta espaço para objetos do dia a dia e a função de velocidade média do computador fica escondida (só pelo rádio). Na versão 1,75 não há mostrador de temperatura externa e o velocímetro “mente” muito acima do normal, cerca de 15% em velocidades de rodovia — seria intencional para mascarar o baixo desempenho? Na 2,4 os comandos de áudio ficam atrás do volante, posição pouco intuitiva.

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A Toro tem bons instrumentos com velocímetro digital e mais informações, porta-objetos sob o banco e retrovisor fotocrômico; versão 2,4 trazia ar-condicionado de duas zonas, áudio com navegador, câmera traseira e monitor de pressão de pneus

 

Na Renault o ar-condicionado é fraco até a segunda velocidade e muito barulhento da terceira em diante, o apoio de braço nas portas vem em plástico duro (em contraste ao vinil espumado da Toro 2,4), não existe função uma-varrida do limpador de para-brisa e o bloqueio dos controles traseiros de vidros fica no console, local inesperado. Em ambas a moldura plástica em forma de estribo acumula lama e sujeira, que tendem a sujar a barra da calça ao sair (sobretudo na Oroch, por ser mais saliente), e falta faixa degradê no para-brisa.

 

Além do espaço para pernas de quem viaja atrás, um benefício do comprimento da Toro é a caçamba de maior volume útil: 820 litros contra 683 da Oroch

 

O maior comprimento da Toro reflete-se em ótimo espaço para as pernas no banco traseiro, item apenas razoável na Oroch, mas as acomodações em altura (muito boa) e largura (regular) para esses passageiros são semelhantes. Como habitual em picapes, o encosto fica mais à vertical do que na maioria dos automóveis. Se nenhuma leva bem três adultos atrás, o ocupante central tem posição mais cômoda na Renault.

 

Tela de 7 pol com navegador e dicas de economia é de série na Oroch, que tem mostradores mais simples; capô usa mola a gás e, como na Toro, há controlador e limitador de velocidade

 

Outro benefício de ser mais longa é a Fiat oferecer caçamba de maior volume útil: 820 litros contra 683 da rival. A capacidade de carga é a mesma nas três (650 kg), que trazem proteção plástica no compartimento. Cobertura marítima vem de série na Toro 2,4 e é cobrada à parte nas demais. Os estepes ficam sob a caçamba e seguem a medida dos demais pneus, mas com roda de aço.

 

 

A tampa em duas partes abertas para os lados é ótima solução da Toro: uso bem mais leve (faz grande diferença para mulheres), adequado a locais apertados (pode-se abrir só uma delas e chegar pelo lado oposto — na Oroch é inevitável reservar espaço à abertura da tampa para baixo) e consegue-se chegar ao ponto do para-choque para acesso à carga. Perde-se a possibilidade de apoiar uma moto ou outro objeto na tampa aberta, mas a fábrica oferece extensor de caçamba para esse fim.

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Toro 1,75
Toro 2,4
Duster Oroch

 

Além da maior capacidade (820 contra 683 litros), a caçamba dos modelos Fiat beneficia-se das duas tampas, práticas e bem mais leves de manusear

 

Equipamentos de série e opcionais

Toro 1,75 Toro 2,4 Oroch
Ajuste de altura dos bancos mot./pas. S/ND S/ND S/ND
Ajuste de apoio lombar mot./pas. ND ND ND
Ajuste do volante em altura/distância S/S S/S S/ND
Ajuste elétrico dos bancos mot./pas. ND ND ND
Ajuste elétrico dos retrovisores O O S
Alarme antifurto/controle a distância O/O S/S S/S
Aquecimento S S S
Ar-condicionado/controle automático/zonas S/O/2 S/O/2 S/ND
Bancos/volante revestidos em couro O/O O/S O/S
Bolsas infláveis frontais/laterais/ cortinas/joelhos do motorista S/ND/ ND/ND S/O/ O/O S/ND/ ND/ND
Caixa automática/automatizada S/ND S/ND O/ND
Câmera traseira para manobras O O ND
Cintos de três pontos, todos os ocupantes S S S
Computador de bordo S S S
Conta-giros S S S
Controlador/limitador de velocidade S/S S/S S/S
Controle de tração/estabilidade S/S S/S ND
Controle elétrico dos vidros diant./tras. S/S S/S S/S
Controles de áudio no volante O O S
Direção assistida S S S
Encosto de cabeça, todos os ocupantes S S S
Faróis com lâmpadas de xenônio ND ND ND
Faróis de neblina O O S
Faróis/limpador de para-brisa automático O/O O/O ND
Freios antitravamento (ABS) S S S
Interface Bluetooth para telefone celular S S S
Limpador/lavador do vidro traseiro NA NA NA
Luz traseira de neblina S S ND
Navegador por GPS O O S
Rádio com toca-CDs/MP3 ND/S ND/S ND/S
Repetidores laterais das luzes de direção S S S
Retrovisor interno fotocrômico O O ND
Rodas de alumínio O O S
Sensores de estacionamento diant./tras. ND/S ND/S ND/S
Teto solar/comando elétrico ND O/O ND
Travamento central das portas S S S
Convenções: S = de série; O = opcional; ND = não disponível; NA = não aplicável

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Toro 1,75
Toro 2,4
Duster Oroch

 

Leve, a Oroch poderia acelerar muito bem se não tivesse uma caixa tão limitada; a Toro 2,4 cativa, mas a 1,75 deixa a desejar em desempenho

 

Mecânica, comportamento e segurança

O motor Tigershark de 2,4 litros da Fiat destaca-se no grupo não apenas em cilindrada, mas também em refinamento técnico (leia quadro na próxima página). Os resultados são potência e torque bem superiores: 174 cv/23,5 m.kgf com gasolina e 186 cv/24,9 m.kgf com álcool, ante 143 cv/20,2 m.kgf e 148 cv/20,9 m.kgf da Oroch e 135 cv/18,8 m.kgf e 139 cv/19,3 m.kgf da Toro 1,75, na mesma ordem de combustíveis.

Favorece também a Toro a transmissão automática de seis (1,75) ou nove marchas (2,4), ante apenas quatro na caixa da Oroch. Por outro lado, a picape Renault pesa muito menos (1.375 kg contra 1.619 kg da Fiat menos potente e 1.704 kg da mais vigorosa), o que lhe garante relação peso-potência similar à da concorrente de 2,4 litros.

Tudo considerado, a sensação ao dirigir varia de empolgante na Toro 2,4 a decepcionante na 1,75, com a Oroch em ponto intermediário. A Fiat mais potente cativa pelas prontas respostas e o funcionamento suave e silencioso do motor, típico de bons automóveis — por esse aspecto vale a pena deixar de lado a versão turbodiesel, caso não se precise da tração integral ou não faça tanta diferença o custo por quilômetro.

 

Toro 1,75
Toro 2,4
Duster Oroch

 

Motor 2,4 da Fiat sobressai não apenas em potência e torque, mas em recursos técnicos, como o cabeçote Multiair; funciona macio apesar da má relação r/l

 

Com a outra Toro a situação é oposta: o motor E-Torq precisa de mais de 3.000 rpm para fornecer desempenho razoável e deixa a sensação de carro lento todo o tempo. Ao menos a Fiat investiu bem em isolamento acústico de modo a conter seu ruído nessas condições. Como agravante, ambas as versões usam acelerador algo pesado e mal definido, que requer posição antinatural do pé para ser mais pressionado: é possível que alguns motoristas acabem usando menos potência do que poderiam.

 

Em termos de desempenho, a sensação ao dirigir varia de empolgante na Toro 2,4-litros a decepcionante na versão 1,75, com a Oroch em ponto intermediário

 

A Oroch, embora adequada na relação entre peso, potência e torque, sofre com a caixa automática limitada (mais sobre ela adiante) e fica bem atrás em isolamento de ruídos e vibrações, o que evidencia o pouco refinamento do projeto. Ela oferece o comando Eco para deixar mais lento o acelerador, o oposto da Toro 2,4, cujo botão Sport torna sua resposta mais rápida e o volante mais firme. Este recurso deveria ser estendido à menos potente.

Todas as sensações foram confirmadas pelas medições em pista, que apontaram aceleração de 0 a 100 km/h em 11,5 segundos para a Fiat mais vigorosa, 13 s para a Renault e longos 15,2 s para a Fiat mais modesta. A retomada de 60 a 100 km/h, na mesma ordem, foi feita em 7,6, 10,3 e 10,8 segundos. Por outro lado, a proximidade de consumo foi maior do que se imaginaria, como 11,1 km/l na Toro 1,75 em rodovia, ante 11 km/l da Oroch e 10,6 da Toro 2,4 (veja números e análise detalhada).

 

Toro 1,75
Toro 2,4
Duster Oroch

As caixas automáticas das Toros são mais suaves e oferecem seis ou nove marchas: com só quatro, a da Oroch deixa a desejar

 

Se a transmissão de nove marchas da Toro 2,4 faz parecer modesta a de seis da versão menos potente, o que dizer das quatro marchas da Oroch? Mesmo que nove pareçam um exagero, é fato que quatro são muito pouco para os padrões de hoje: a caixa da Renault opera com grandes intervalos entre as relações, o que deixa a condução menos suave e impacta o consumo e o nível de ruído.

 

 

Como exemplo, em subidas de rodovia a 120 km/h constantes é comum a Toro 2,4 reduzir de nona (1.850 rpm) para oitava (2.200) ou sétima (ainda tranquilas 2.650 rpm) em uma progressão suave, mal percebida. Na mesma condição a versão 1,75 pode baixar de sexta (2.550 rpm) para quinta (3.250) ou, se necessário, quarta (4.300), conforme a aclividade. E na Oroch? Se a quarta (3.000 rpm) não conseguir vencer o aclive, a caixa precisa vir direto para terceira (4.150 rpm) e os passageiros passam a gritar para manter a conversa.

As caixas usadas pela Fiat são bem superiores também em suavidade de funcionamento. Mudanças manuais podem ser feitas em qualquer uma delas, mas só a Toro 2,4 traz comandos no volante; as outras recorrem ao canal lateral da alavanca (a Renault adota reduções para trás, e a Fiat, para frente). Em modo manual, as três picapes mantêm as trocas automáticas para cima no limite de giros e para baixo ao acelerar até o fim de curso.

 

Toro 1,75
Toro 2,4
Duster Oroch

 

As três mostram bom acerto de suspensão, mas as Toros são melhores em absorção de irregularidades; a 2,4 usa pneus mais largos e com rodas maiores

 

Embora as relações de transmissão da Toro 2,4 sejam as mesmas da turbodiesel, seu uso da caixa é diferente: como o motor gira bem mais e tem menos torque em baixa rotação, ela sai em primeira marcha (a diesel, em segunda) e usa a sexta para alcançar a velocidade máxima declarada (oitava na diesel).

As duas marcas optaram por suspensão traseira independente (de conceitos distintos; veja na próxima página) de forma a obter bom compromisso entre conforto ao rodar, estabilidade e capacidade de carga. De fato os dois modelos satisfazem nesse equilíbrio, mas a Toro é superior em absorção de impactos e irregularidades. Pode-se afirmar que no mercado nacional, deste segmento para cima, ela é a picape que mais se aproxima do rodar de um bom automóvel.

Embora as duas versões da Fiat tenham a mesma calibração de suspensão — varia apenas na turbodiesel, pela maior capacidade de carga —, o comportamento dinâmico é melhor na versão 2,4 por conta dos pneus Continental mais largos, ante Nexen (marca sul-coreana quase desconhecida aqui, embora forneça para a Kia) da 1,75, ambos com desenho para asfalto. A Oroch usa Michelin de uso misto, melhor para terra e barro.

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Toro 1,75
Toro 2,4
Duster Oroch

 

Pneus de uso misto são úteis na Oroch para uso leve fora de estrada, mas falta controle de tração; o rodar das três nessas condições é confortável

 

Item de série relevante a favor das Fiats é o controle eletrônico de estabilidade e tração, útil tanto pela segurança em curvas e manobras de emergência quanto no tráfego fora de estrada. A função de tração contribui para evitar a patinação dos pneus na lama, embora possa ter atuação indesejada se a aderência do piso for muito baixa (para isso há botão de desativação).

 

As duas marcas buscaram bom compromisso entre conforto, estabilidade e capacidade de carga, mas a Toro é superior em absorção de impactos

 

As Toros seguem a atual tendência de adotar assistência elétrica de direção, que traz vantagens como volante muito leve com carro parado, menor consumo de energia e ausência de fluido e sua manutenção, se comparada à eletro-hidráulica da Oroch (era apenas hidráulica no modelo 2016; a marca alterou em busca de menor consumo). A favor da Renault está o diâmetro de giro menor em 1,5 metro, que se constata facilmente no dia a dia urbano: é difícil fazer retornos e manobras de estacionamento com a Fiat pelo baixo esterçamento.

Os freios das três picapes contam com distribuição eletrônica entre os eixos (EBD), mas não assistência adicional em frenagens de emergência. Pode melhorar a assistência da Toro, que dá sensação de pouca capacidade de frear no começo de curso do pedal. Mesmo assim, não percebemos na 2,4 um inconveniente notado na 1,75 e na turbodiesel: diante da pouca resposta inicial, ao pisar pouco mais a frenagem se torna excessiva. Isso pode indicar aprimoramento pela fábrica após a produção inicial, pois nossa versão 1,75 era um carro há mais tempo na frota.

 

Toro 1,75
Toro 2,4
Duster Oroch

 

Todas têm faróis de duplo refletor e para neblina, aos quais a Oroch pode acrescentar os de longo alcance

 

Elas equivalem-se em faróis, dotados de duplo refletor e associados aos de neblina (opcionais nas Toros). A Oroch pode receber os auxiliares de longo alcance, mas não tem luz traseira de neblina. Há ainda repetidores laterais das luzes de direção e luzes diurnas, estas com leds apenas nas Fiats; também nelas, o farol de neblina de cada lado acende-se ao girar o volante para iluminar curvas. A visibilidade dianteira é melhor na Renault, que tem colunas mais estreitas e recuadas; para trás ambas impõem limitações.

 

 

Em temos de segurança passiva, as três vêm de série apenas com as bolsas infláveis frontais exigidas por lei, além de encostos de cabeça e cintos de três pontos para os cinco ocupantes. No entanto, a Fiat oferece para a versão 2,4 a opção de bolsas laterais dianteiras, de cortina e de joelhos para o motorista, em um pacote que a deixava em clara vantagem. Sua picape inclui ainda fixações Isofix para cadeira infantil, ausentes da rival.

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Controle de estabilidade e fixação Isofix vêm apenas na Toro, que pode ter mais cinco bolsas infláveis, como na 2,4 avaliada

 

Desempenho e consumo

Tanto a fama de baixo desempenho da Toro 1,75 no mercado quanto a impressão ao dirigi-la confirmaram-se na pista de testes, onde a picape exigiu sonolentos 15,2 segundos para acelerar de 0 a 100 km/h e 17,7 s na retomada de 60 a 120. Não menos grave é o tempo de quase 7 s para seguir acelerando de 100 a 120 km/h, apesar de contar com seis marchas, que permitem ao motor manter certa rotação após as trocas. Portanto, cuidado extra com ela ao calcular uma ultrapassagem.

A Toro 2,4, por outro lado, mostrou o bom desempenho esperado: 0 a 100 em 11,5 segundos, 60 a 120 em 14,4 s. É importante lembrar que as três foram medidas com gasolina (nosso objetivo, embora nem sempre possível), mas que seu motor tem a maior diferença de potência e torque em relação ao uso de álcool. Assim, se testadas com o combustível vegetal, a mais potente das Fiats tenderia a acentuar sua vantagem sobre as demais.

No meio-termo ficou a Oroch, com 13 s no 0-100 e 15,6 s no 60-120. Com relação peso-potência similar à da Toro 2,4, ela evidencia os prejuízos trazidos pela ineficiente caixa de quatro marchas e seus grandes intervalos entre relações: a cada mudança, o motor perde muitos giros e demora a retomar o ímpeto.

É simples arrancar forte com qualquer uma delas: acelera-se tudo, aplicando ou não o pedal de freio enquanto isso, e elas saem sem patinar pneus em asfalto seco. Permitem maior rotação de estol as caixas da Toro 1,75 (2.700 rpm) e da Oroch (2.600) que a da Toro 2,4 (2.200): é provável a Fiat ter aumentado essa rotação para melhor capacidade de saída, como em rampas com picape carregada. A mudança automática de marcha vem em torno de 6.000 rpm na Toro mais fraca e 6.300 na mais potente e na Oroch.

De certo modo, foi surpreendente o equilíbrio entre as marcas de consumo das três: a Toro 1,75 venceu nos três trajetos por margens entre 0,3 e 0,8 km/l. Os resultados levam a três constatações.

Primeira, que nem sempre maior cilindrada implica grande aumento de consumo: nesse caso, a eficiente caixa de nove marchas manteve o motor 2,4 em baixas rotações sempre que possível. Segunda, que relação peso-potência ruim também sacrifica a economia, pois se esperava maior vantagem da Toro 1,75 sobre a versão mais potente. Terceira, que quatro marchas são mesmo coisa do passado — não importa o quanto as defendam algumas publicações — e respondem em boa parte pelo consumo elevado da Oroch, embora ela seja tão mais leve que as Toros e tenha motor menor que o 2,4 da Fiat.

 

Medições Best Cars

Toro 1,75 Toro 2,4 Oroch
Aceleração
0 a 100 km/h 15,2 s 11,5 s 13,0 s
0 a 120 km/h 22,1 s 16,7 s 18,7 s
0 a 400 m 19,9 s 18,0 s 18,8 s
Retomada
60 a 100 km/h* 10,8 s 7,6 s 10,3 s
60 a 120 km/h* 17,7 s 14,4 s 15,6 s
80 a 120 km/h* 12,9 s 9,7 s 10,9 s
Consumo
Trajeto leve em cidade 10,1 km/l 9,3 km/l 9,3 km/l
Trajeto exigente em cidade 5,2 km/l  4,9 km/l 5,1 km/l
Trajeto em rodovia 11,1 km/l  10,6 km/l 11,0 km/l
Autonomia
Trajeto leve em cidade 545 km 502 km 419 km
Trajeto exigente em cidade 281 km 265 km 230 km
Trajeto em rodovia 599 km 572 km 495 km
Testes efetuados com gasolina; *com reduções automáticas; melhores resultados em negrito; conheça nossos métodos de medição

 

Dados dos fabricantes

Toro 1,75 Toro 2,4 Oroch
Velocidade máxima 172/175 km/h 197/200 km/h ND
Aceleração de 0 a 100 km/h 12,8/12,2 s 10,5/9,9 s ND
Consumo em cidade 8,3/5,8 km/l 8,6/5,9 km/l 8,6/5,9 km/l
Consumo em rodovia 10,5/7,4 km/l 10,8/7,4 km/l 10,8/7,6 km/l
Dados do fabricante para gasolina/álcool; ND = não disponível; consumo conforme padrões do Inmetro

 

Comentário técnico

• Os motores têm origens bem distintas. O F4R da Renault é antigo, em uso por aqui desde a Scénic de 2001, embora com evoluções. Não muito mais novo é o E-Torq de 1,75 litro da Toro, aplicado em 2010 ao Punto, mas derivado do 1,6 que BMW e Chrysler fabricavam desde 2001 em Campo Largo, PR, para atender a modelos como Mini e PT Cruiser. Ambos usam bloco de ferro fundido e variação de tempo de abertura de válvulas (só de admissão no Renault, para todas no Fiat, pois a árvore de comando é uma só). Comparado à versão lançada em 2015 no Renegade, o da Toro ganhou coletor de admissão com geometria variável, estendido mais tarde ao Jeep.

• Mais sofisticado é o Tigershark 2,4, um motor Chrysler da década passada (evoluiu daquele que tivemos no Fiat Freemont e no PT Cruiser) que recebeu cabeçote Multiair na atual gestão da FCA. O sistema eletro-hidráulico usa a variação de tempo de abertura e de levantamento das válvulas de admissão para controlar a entrada de mistura ar-combustível aos cilindros. Além disso, tem bloco de alumínio, parada/partida automática (com botão para desativar) e preaquecimento de álcool para partida a frio.

• Ambos os motores Fiat usam corrente para sincronia entre comandos de válvulas (duas árvores no 2,4, uma só no 1,75) e virabrequim, solução mais robusta e de menor manutenção que a correia dentada da unidade Renault. Desfavorável é a relação r/l do motor maior da Toro, 0,338, uma das piores já vistas (embora poucos fabricantes forneçam esse dado). No E-Torq é 0,316 e no motor Renault pouco pior, 0,323.

• Usar mais marchas em uma caixa automática traz dois benefícios. Um é o espectro mais amplo, calculado ao se dividir a relação da primeira pela da última: 9,8 na Toro de nove marchas ante 6,7 da versão de seis marchas e apenas 3,8 da Oroch. Assim, o fabricante pode obter ao mesmo tempo maior capacidade de saída em rampa (em primeira) e menor rotação em viagem (na última), o que favorece a economia. Como se constata pelas velocidades por 1.000 rpm (veja na ficha técnica), a primeira da Renault é similar à segunda da Fiat 2,4, enquanto as três últimas marchas desta são mais longas que a quarta da rival.

• A outra vantagem é o menor intervalo entre as relações, também notado nas velocidades por 1.000 rpm: a operação torna-se mais suave, usa-se menos o conversor de torque (cuja operação consome energia), mantém-se o motor em baixa rotação por mais tempo e reduções não elevam muito os giros sem necessidade. Benefícios que se nota claramente ao dirigir uma das Toros em comparação à Oroch.

• Embora a Renault tenha anunciado que sua suspensão traseira é multibraço (multilink em inglês), não é o caso: a falta de braço superior caracteriza-a como McPherson, ao contrário da Toro, que usa uma multibraço legítima. De qualquer forma, ambos os fabricantes buscaram soluções parecidas para obter rodar mais confortável que o habitual em picapes.

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Toro 1,75
Toro 2,4
Duster Oroch

 

Preço é uma vantagem da Oroch: sem opcionais, custa R$ 4 mil a menos que a Toro 1,75 e fica R$ 18 mil abaixo da 2,4

 

Preços

Toro 1,75 Toro 2,4 Oroch
Sem opcionais R$ 84.590 R$ 98.730 R$ 80.590
Como avaliada R$ 88.628 R$ 112.685 R$ 85.780
Completa R$ 96.705 R$ 117.854 R$ 87.380
Preços públicos sugeridos em 20/3/17 com caixa automática; pinturas especiais são consideradas apenas no preço completo; menores preços em destaque; consulte os sites: Toro e Oroch

 

Custo-benefício

A Oroch é a mais barata: a R$ 80,6 mil sem opcionais, custa R$ 4 mil a menos que a Toro 1,75 e importantes R$ 18 mil abaixo da Toro 2,4. A picape da Renault vem de série com itens que nas concorrentes são cobrados à parte, como faróis de neblina, rodas de alumínio e sistema de áudio com tela ampla e navegador, mas não traz controle de estabilidade (padrão nas rivais).

Opcionais para a Oroch Dynamique há apenas dois: bancos de couro e pacote Outsider com protetor do para-choque dianteiro com faróis auxiliares, molduras de para-lamas, grade do vidro traseiro e capota marítima na caçamba. A avaliada trazia ambos. Nossa Toro 1,75 veio com o pacote Pleasure 2 (alarme, faróis e limpador automáticos e outros itens), barras de teto e rodas de alumínio, mas há opção por mais quatro pacotes e bancos de couro.

Por sua vez, a Toro 2,4 estava recheada com os caros pacotes Pleasure Plus (como o da 1,75 mais ar-condicionado automático de duas zonas, câmera traseira, faróis de neblina, rodas de alumínio de 17 pol, sistema de áudio com tela de 5 pol e navegador, entre outros) e Safe Plus (bancos de couro e cinco bolsas infláveis a mais), que por si só a levavam a R$ 112,7 mil. Com teto solar e pintura especial chegaria a quase R$ 118 mil.

 

Toro 1,75
Toro 2,4
Duster Oroch

 

A Fiat chegou com força em estilo, espaço, refinamento e transmissão, mas a versão 1,75 deixa a desejar em desempenho: caminho para a Renault ter seu mercado

 

Como avaliadas, a diferença de preço entre a Renault e a Fiat menos potente diminuía para R$ 2,9 mil a favor da primeira: isso deixava a relação entre custo e conteúdo interessante para a Oroch (para se equiparar, a Toro ainda precisaria de bancos de couro e da substituição do áudio), mas permaneceu a falta do controle de estabilidade. A Toro 2,4, por sua vez, veio muito bem-equipada, mas competia em segmento superior em termos de preço.

E como elas se comparam nas notas?

Ambas as Toros superaram a Oroch em estilo, posição de dirigir, instrumentos, espaço interno, caçamba, transmissão, direção, suspensão, estabilidade e segurança passiva. A versão 2,4 ainda mostrou-se melhor em itens de conveniência, motor e desempenho. Restaram à picape Renault uma vitória (em visibilidade) e ficar acima da Toro 1,75 em desempenho e acabamento. Assim, mesmo mais barata, ela ficou para trás em relação custo-benefício.

 

 

O quadro (veja abaixo) não deixa dúvidas de que a Fiat oferece um produto superior — mais moderno, refinado, espaçoso para passageiros e carga e com vantagens técnicas. O comparativo mostrou com clareza o quanto a Toro fez a Oroch envelhecer com poucos meses de mercado. Seria então a Renault uma opção a ser descartada?

Nem tanto. Qualquer motorista de média exigência quanto a desempenho ficará insatisfeito com a Toro 1,75, além de ter pago um pouco mais, e passar à cativante versão 2,4 implica grande aumento de preço. Assim, existe uma parcela do público que encontrará na Oroch uma boa alternativa. Mas a Renault não deveria se descuidar: uma transmissão mais moderna e cuidados adicionais com refinamento, como nível de ruído, trariam a seu modelo melhores condições de competir com a novidade da Fiat.

 

Nossas notas

Toro 1,75 Toro 2,4 Oroch
Estilo 5 5 4
Acabamento 3 4 4
Posição de dirigir 4 4 3
Instrumentos 5 5 4
Itens de conveniência 4 5 4
Espaço interno 4 4 3
Caçamba 5 5 4
Motor 3 5 3
Desempenho 3 5 4
Consumo 3 3 3
Transmissão 4 5 3
Freios 3 3 3
Direção 5 5 4
Suspensão 5 5 4
Estabilidade 4 4 3
Visibilidade 3 3 4
Segurança passiva 4 5 3
Custo-benefício 4 4 3
Média 3,94 4,39 3,50
Posição 2ª. 1ª. 3ª.
As notas vão de 1 a 5, sendo 5 a melhor; conheça nossa metodologia

 

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Ficha técnica

Toro 1,75 Toro 2,4 Oroch
Motor
Posição transversal
Cilindros 4 em linha
Material do bloco/cabeçote ferro fundido/ alumínio alumínio ferro fundido/ alumínio
Comando de válvulas no cabeçote duplo no cabeçote
Válvulas por cilindro 4
Diâmetro e curso 80,5 x 85,8 mm 88 x 97 mm 82,7 x 93 mm
Cilindrada 1.747 cm³ 2.360 cm³ 1.998 cm³
Taxa de compressão 12,5:1 11,8:1 11:1
Alimentação injeção multiponto sequencial
Potência máxima (gas./álc.) 135/139 cv a 5.750 rpm 174/186 cv a 6.250 rpm 143/148 cv a 5.750 rpm
Torque máximo (gas./álc.) 18,8/19,3 m.kgf a 3.750 rpm 23,5/24,9 m.kgf a 4.000 rpm 20,2/20,9 m.kgf a 4.000 rpm
Potência específica (gas./álc.) 77,3/79,6 cv/l 73,7/78,8 cv/l 71,6/74,1 cv/l
Transmissão
Tipo de caixa e marchas automática, 6 automática, 9 automática, 4
Relação e velocidade por 1.000 rpm
1ª. 4,46 / 7 km/h 4,70 / 7 km/h 3,51 / 11 km/h
2ª. 2,51 / 13 km/h 2,84 / 11 km/h 1,93 / 19 km/h
3ª. 1,56 / 20 km/h 1,91 / 17 km/h 1,29 / 29 km/h
4ª. 1,14 / 28 km/h 1,38 / 23 km/h 0,92 / 40 km/h
5ª. 0,85 / 37 km/h 1,00 / 32 km/h NA
6ª. 0,67 / 47 km/h 0,81 / 39 km/h NA
7ª. NA 0,70 / 45 km/h NA
8ª. NA 0,58 / 54 km/h NA
9ª. NA 0,48 / 66 km/h NA
Relação de diferencial 4,07 4,33 3,48
Regime a 120 km/h 2,500 rpm (6ª.) 1.850 rpm (9ª.) 3.000 rpm (4ª.)
Regime à velocidade máxima informada (gas./álc.) 4.600/4.700 rpm (5ª.) 5.100/5.150 rpm (6ª.) ND
Tração dianteira
Freios
Dianteiros a disco ventilado (305 mm ø) a disco ventilado (269 mm ø)
Traseiros a tambor (254 mm ø) a tambor (229 mm ø)
Antitravamento (ABS) sim
Direção
Sistema pinhão e cremalheira
Assistência elétrica eletro-hidráulica
Diâmetro de giro 12,2 m 10,7 m
Suspensão
Dianteira independente, McPherson, mola helicoidal
Traseira ind. multibraço, mola helicoidal ind., McPherson, mola helicoidal
Estabilizador(es) dianteiro e traseiro
Rodas
Dimensões 6,5 x 16 pol 6,5 x 17 pol 16 pol
Pneus 215/65 R 16 T 225/65 R 17 H 215/65 R 16 T
Dimensões
Comprimento 4,915 m 4,693 m
Largura 1,844 m 1,821 m
Altura 1,68 m 1,695 m
Entre-eixos 2,99 m 2,829 m
Bitola dianteira 1,547 m ND
Bitola traseira 1,575 m ND
Coeficiente aerodinâmico (Cx) ND
Capacidades e peso
Tanque de combustível 60 l 50 l
Caçamba 820 l 683 l
Carga máxima 650 kg
Peso em ordem de marcha 1.619 kg 1.704 kg 1.375 kg
Relação peso-potência (gas./álc.) 12,0/11,6 kg/cv 9,8/9,2 kg/cv 9,6/9,3 kg/cv
Garantia
Prazo 3 anos sem limite de quilometragem 3 anos ou 100 mil km
Carros avaliados
Ano-modelo 2017
Pneus Nexen N Priz RH1 Continental Conti Cross Contact Michelin LTX Force
Quilometragem inicial 1.500 km 4.000 km 7.000 km
Dados dos fabricantes; NA = não aplicável; ND = não disponível

 

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